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Arquivo do mês: setembro 2009

A Mesa de um aparelho de Tomografia

A mesa de uma aparelho de TC é regulável em altura e profundidade em relação ao gantry para facilitar a colocação e a centralização do paciente no gantry. A coordenação entre os movimentos da mesa e o gantry deve ser perfeita, uma vez que cada aquisição de dados para gerar a imagem de um corte é feita após um pequeno deslocamento da mesa. O sentido de deslocamento da mesa será pré-fixado de acordo com a programação dos planos de corte definidos para o estudo desejado.

A mesa permite utilizar acessórios para melhor acomodação do paciente em função da região, de maneira que ele fique o mais estático e confortável possível durante a aquisição dos dados para a geração dos dados para a geração da imagem. A mesa deve ser fabricada de material resistente para suportar o peso do paciente rígido o suficiente para não flexionar à medida de que se desloca para dentro da abertura do gantry.

O material de confecção da mesa deve apresentar pouca atenuação do feixe de raios X para não inferir na reconstrução da imagem nem gerar o aparecimento de artefatos. As mesas dos aparelhos de TC apresentam um limite de carga e esse limite deve ser respeitado. Em aparelhos mais recentes o limite de carga da mesa na faixa de 200kg. Por isso, pessoas que apresentam massa corporal maior que o limite de carga estabelecido pelo fabricante ficam impossibilitada de fazer esse tipo de exame.

O comprimento máximo de varredura de um aparelho de TC está entre 140cm e 170cm, mas o limite máximo de varredura também depende do tempo de funcionamento contínuo do tubo de raios X, que nem sempre permite a varredura de toda a extensão possível da mesa. Por essa razão, o paciente deve ser posicionado na mesa de acordo com a região que se deseja fazer a varredura. Para as regiões superiores do corpo o paciente deve ser posicionado com a cabeça voltada para o gantry e, para os membros inferiores, faz-se o processo inverso de acomodação.

O que é Gantry ??

O gantry é o maior componente da instalação de um aparelho de TC. É um dispositivo em formato de uma enorme rosca e em seu interior encontram-se instalados o tubo gerador do feixe de raios X, os detectores, colimadores de feixe, conversor analógico digital, fontes e componentes mecânicos necessários para as movimentações de varredura que possibilitam a aquisição de dados, além de parte do sistema eletrônico utilizado no controle desses elementos.

Normalmente o gantry que possibilita inclinação de +30° e -30° em relação ao eixo vertical. Na parte frontal do gantry costuma ter um painel de comandos manuais que possibilita alguns controles, como a movimentação da mesa, a angulação do gantry, a ativação dos eixos de centralização, o deslocamento da mesa para o interior do gantry. A regulagem da altura da mesa, a escolha do nível de início do estudo e o botão para desconexão de emergência.

Além dos botões de comando, existem marcadores digitais capazes de informar a angulação do gantry em graus e, a partir do ponto zero, a posição em que se encontra a mesa com o paciente, medida em milímetros. O posicionamento do paciente em relação ao gantry é realizado com os eixos luminosos, vertical e horizontal, com os quais se pode situar o paciente de acordo com a exploração desejada. Existe um sistema de megafonia que permite ao operador instruir o paciente durante o exame e ou comunicar-se como ele, se necessário.

Termos Usados em uma Sala de Tomografia

Algarismo de reconstrução – Função matemática para realçar ou suprimir os dados coletados. Os aparelhos dispõem de vários algarismos, que podem ser selecionados com base na estrutura anatômica e qualidade da
imagem desejada.

Anterior – Representado pela letra “A” nas imagens, indica a parte anterior do corpo; freqüentemente aparece nas reconstruções.

Área (Fov) – Campo de visão – É o diâmetro de apresentação das imagens adquiridas. (Quanto maior o seu tamanho, mais estruturas são visualizadas, porém em tamanho menor).

Artefato – Representação na imagem que não se origina das estruturas do corpo do paciente. Os artefatos da TC são causados por movimento do paciente, meios de contraste, processamento da TC ou falte de calibração do equipamento.

Axial – É o plano habitual dos cortes tomográficos que divide o corpo em parte superior e inferior (plano transversal).

Bomba injetora – Equipamento que realiza a injeção do meio de contraste por via arterial ou venosa. Por meio de punção venosa é ligada por um cateter a uma seringa com contraste, que está conectada ao equipamento em que está planejada a velocidade, quantidade e delay para esta injeção.

Calibração – O processo é característico ao equipamento de TC. Pode mensurar o ar ou realizar testes apropriados com phantons. A calibração mensura as variações da intensidade do feixe e ou da resposta do detector
para obter homogeneidade no campo de visão e números de TC (escala HU).

Coronal – É um plano utilizado nos cortes tomográficos para estudos complementares de algumas regiões, dividindo o corpo em anterior e posterior. Podemos ter reformatações de imagens axiais em coronais.

Delay – É o tempo de espera para iniciar aquisição de imagens após o início de injeção do meio de contraste venoso.

Detectores – Existem dois tipos de detector: os de ionização a gás e os decintilação. O número de elementos do detector varia segundo o tipo e a marca do equipamento utilizado. Os detectores ativos são posicionados ao
lado oposto da fonte de raios X dispostos em um arco ou em torno da circunferência de abertura. Os detectores capturam e convertem fótons de raios X em sinais elétricos. Quanto mais detectores por grau de arco ou
circunferência são usados a cada projeção, maior a resolução.

Escanograma – Imagem digital radiológica para se realizar o planejamentodos cortes. Pode ser de frente ou perfil,  com características iguais às dos raios X, também chamada de Imagem Piloto, Topograma ou Scout.

Feet First – Indica que os pés do paciente estão posicionados primeiro em relação ao gantry.

Filtro – Proporciona o estudo específico dos tecidos dando-lhes maiores características de evidência nas imagens.

Gantry – É o alojamento dos principais componentes do equipamento de TC, que são os tubos de raios X, detectores, motores etc., “túnel de posicionamento do paciente”.

Head First – Indica que o paciente está posicionado com a cabeça em direção ao gantry.

Incremento – É o deslocamento que a mesa realiza após um corte.

Left – Representado pela letra “L”. Indica o lado esquerdo do corpo; freqüentemente aparece nas imagens axiais.

Matriz – É composta de pixels dispostos em colunas e linhas. Quanto mais pixels (ou quanto maior o tamanho da matriz), melhor a qualidade da imagem.

Pitch – É a relação entre o deslocamento da mesa e a espessura de corte em TC helicoidal. Quanto maior esta relação menor o tempo de exame, menos exposição aos raios X e menos qualidade de imagem.

Posterior – Representado pela letra “P” nas imagens, indica a parte posterior do corpo, principalmente nas imagens axiais.

Prone – Indica que o paciente está posicionado em decúbito ventral.

Right – Representado pela letra “R” indica o lado direito do corpo; freqüentemente aparece nas imagens axiais.

Slice – É a espessura do corte adquirido, que pode ser de 0,5mm a 10mm (1cm). É o tamanho da amostra de fatia do corpo.

Supine – Indica que o paciente está posicionado em decúbito dorsal.

Voxel – elemento de volume tridimensional da imagem.

Termos Usados em uma sala de RX.

Ai Vai alguns termos que são usados dentro de uma sala de exames.

Uma Boa dica para quem vai começar o estágio.

Cabeçote do equipamento-Local em que se encontra a ampola (tubo) de raios x, onde se produz a radiação propriamente dita.

Sistema de colimação interna do feixe– Responsável pela adequação do tamanho do campo, redução do efeito penumbra e da radiação espalhada.

Feixe primário-Assim chamado por ser o feixe que sai da ampola e que irá interagir com o paciente.

Faixa de compressão do paciente– Usada para adequar a espessura do paciente e melhorar a qualidade da imagem, pela redução da radiação espalhada.

Mesa de exames– Local onde são colocados, além do paciente, alguns acessórios, tais como o porta-chassi, a grade
antidifusora e o filme radiográfico.

Grade antidifusora– Responsável pela redução dos efeitos de borramento da radiação espalhada na imagem radiográfica.

Filme Radiográfico– Elemento sensível à radiação, colocado em um invólucro metálico protegido da luz, chamado
chassi.

Porta-chassi– Estrutura metálica onde é colocado o chassi que contém o filme.

Radiação Secundária– É toda a radiação que não é proveniente do feixe principal, resultante da interação do feixe principal com a matéria (paciente, mesa, chassis, grade, cabeçote, etc.).

Estativa-É a coluna ou o eixo onde está preso o cabeçote.Pode ser do tipo pedestal, preso ao chão, ou do
tipo aéreo, fixado ao teto. Normalmente possui um trilho para que possa se movimentar.