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Arquivo do mês: outubro 2009

Tipos de Écrans Intensificadores

Contituem de uma camada de micro cristais de fósforo aglutinados. Toda vez que um cristal de fósforo absorve um foton de raios-x, ele emite  um “jato” de luz. Durante a exposição ocorrem milhares de “jatos” em cada milimetro quadrado.Quanto maior for a intensidade dos raios-x, maior a intensidade de luz emitida.

Os écrans reforçadores são compostos por uma lâmina de cartolina ou plástico cobero por uma camada de cristais.

Tipos de ÉCRANS

  1. Tungstato de cálcio: Serve para filme de luz azul.
  2. Elementos de “TERRAS RARAS”: serve para os filmes de luz  verde e azul.

O termo “Terras Raras” descreve elementos minerais pouco encontrados na natureza:

  • Oxibrometo de Lanthanum;
  • Oxisulfato de Lanthanum térbio ativado;
  • Oxisulfato de Gadolinum térbio ativado;
  • Oxisulfato de Ytrium térbio ativado;

Os écrans de “Terras Raras” tem uma vantagem sobre os écrans convencionais  de Tungstato de cálcio: A Velocidade.

São fabricados para atuar em varios niveis de velocidade,mas sem duvida , são duplamente mais velozes que os de Tungstato de calcio.

As vantagens desses écrans são obtidas, pois sendo mais rapidos, tecnicas radiograficas mais rapidas podem ser empregadas, resultando, portanto, em doses mais baixas. A tecnica radiografica mais baixa tambem resulta no dobro de vida útil da ampola.

Formação de Registro de Imagem

  • Filme Radiográfico

O filme radiográfico é um conversor de imagem. Converte luz em diversos tons de cinza. A quantidade de exposição necessária para produzir uma imagem depende da sensibilidade ou velocidade do filme. A velocidade é escolhida tendo-se em mente dois fatores importantes: exposição do paciente e qualidade daimagem. O filme de alta velocidade reduz a dose no paciente, mas, por outro lado degrada a qualidade da imagem.
A estrutura básica de um filme radiográfico é composto de base, emulsão e camada protetora.

  • Estrutura básica de filmes radiográficos de emulsão simples e dupla

A base é feita geralmente de material plástico transparente (em geral de poliéster) ou acetato de celulose e serve para dar suporte à emulsão. A emulsão e a parte principal do filme. Consiste de uma mistura homogênea de gelatina e sais (brometo de prata).
Atualmente o método mais usado para a obtenção de imagens em radiografia convencional é fazendo uso do sistema tela-filme.

  • Telas Intensificadoras

As telas intensificadoras também são chamadas de écrans (origem francesa da palavra tela). As telas intensificadoras são constituídas por 3 camadas : a base, geralmente de plástico, serve de suporte; a camada fluorescente, que consiste de oxisulfitos de terras raras e uma camada final cuja função é proteger o material fluorescente. Este material
fluorescente tem a propriedade de emitir luz quando irradiado por um feixe de raios X. É esta luz que vai impressionar o filme radiográfico. Apenas cerca de 5 % da imagem será formada pela ação direta dos raios X 95 % será formada pela ação da luz proveniente das telas intensificadoras. Daí resulta seu alto rendimento.
A tela é um conversor de energia. O filme radiográfico é muito mais sensível à luz do que aos raios X, consequentemente o uso da tela possibilita uma substancial redução do tempo de exposição o que acarreta uma diminuição da dose transmitida ao paciente (cerca de 100 vezes !).

Monitoração de Area e Monitoração Ocupacional

Monitoração Ocupacional

  • Monitor de Área: Faz a monitoração e o controle ambiental dos niveis de radiação.
  • Monitor Individual: Faz a monitoração de profissionais ocupacionalmente expostos ( Torax e Extremidades).

OBS: TIPOS DE MONITORES: DOSIMETRO TLD E FILME, CANETA DOSIMÉTRICA.

Niveis Mensais

  • Nivel de Registro: até 1,0 mSv;
  • Nivel de Investigação: entre 1,0 mSv e 4mSv;
  • Nivel de Intervenção: acima de 4 mSv.

Monitoração de Área

  • Área Livre: isenta de regras especiais de Segurança.
  • Área Restrita: > 1mSv; (ex: sala de Exames e cabine de comando)
  1. SUPERVISIONADA = 1 mSv – 3 mSv.
  2. CONTROLADA > 3 mSv.

PORTARIA 301_04 (CNEN)- Baixar

Maior Acidente Nuclear no Brasil (Goiânia)

Em setembro de 1987 aconteceu o acidente com o Césio-137 (137Cs) em Goiânia, capital do Estado de Goiás, Brasil. O manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, gerou um acidente que envolveu direta e indiretamente centenas de pessoas. A fonte, com radioatividade de 50.9 TBq (1375 Ci) continha cloreto de césio, composto químico de alta solubilidade. O 137Cs, isótopo radioativo artificial do Césio tem comportamento, no ambiente, semelhante ao do potássio e outros metais alcalinos, podendo ser concentrado em animais e plantas. Sua meia vida física é de 33 anos.

Com a violação do equipamento, foram espalhados no meio ambiente vários fragmentos de 137Cs, na forma de pó azul brilhante, provocando a contaminação de diversos locais, especificamente naqueles onde houve manipulação do material e para onde foram levadas as várias partes do aparelho de radioterapia. Por conter chumbo, material de valor financeiro, a fonte foi vendida para um depósito de ferro-velho, cujo dono a repassou a outros dois depósitos, além de distribuir os fragmentos do material radioativo a parentes e amigos que por sua vez os levaram para suas casas.

As pessoas que tiveram contato com o material radioativo – contato direto na pele (contaminação externa), inalação, ingestão, absorção por penetração através de lesões da pele (contaminação interna) e irradiação -apresentaram, desde os primeiros dias, náuseas, vômitos, diarréia, tonturas e lesões do tipo queimadura na pele. Algumas delas buscaram assistência médica em hospitais locais até que a esposa do dono do depósito de ferro-velho, suspeitando que aquele material tivesse relação com o mal-estar que se abateu sobre sua família, levou a peça para a Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde, onde finalmente o material foi identificado como radioativo. Devido às características do acidente de Goiânia, as vias potenciais de exposição da população à radiação foram: inalação de material ressuspenso, ingestão de frutas, verduras e animais domésticos e irradiação externa devido ao material depositado no ambiente.

A fonte radioativa foi removida e manipulada indevidamente no dia 13 de setembro, porém o acidente radioativo só foi identificado como tal no dia 29 do mesmo mês, quando foi feita a comunicação à Comissão Nacional de Energia Nuclear –CNEN, que notificou a Agência Internacional de Energia Atômica –AIEA. Foi acionado um plano de emergência do qual participaram CNEN, Furnas Centrais Elétricas S/A –FURNAS, Empresas Nucleares Brasileiras S/A -NUCLEBRÁS, DEFESA CIVIL, ala de emergência nuclear do Hospital Naval Marcílio Dias –HNMD, Secretaria
Estadual de Saúde de Goiás – SES/GO, Hospital Geral de Goiânia –HGG, além de outras instituições locais, nacionais e internacionais que se incorporaram ou auxiliaram a “Operação Césio-137”.

As primeiras providências foram identificar, monitorar, descontaminar e tratar a população envolvida; as áreas consideradas como focos principais de contaminação foram isoladas e iniciou-se a triagem de pessoas no Estádio Olímpico. A descontaminação dos focos principais foi feita removendo-se grandes quantidades de solo e de construções que foram demolidas. Ao mesmo tempo era realizada a monitoração para quantificar a dispersão do 137Cs no ambiente, além de análise de solo, vegetais, água e ar.
Foram identificados e isolados sete focos principais, onde houve a contaminação de pessoas e do ambiente e onde havia altas taxas de exposição.

No total, foram monitoradas 112.800 pessoas, das quais 249 apresentaram significativa contaminação interna e/ou externa, sendo que em 120 delas a contaminação era apenas em roupas e calçados, sendo as mesmas liberadas após a
descontaminação. Os 129 que constituíam o grupo com contaminação interna e/ou externa passaram a receber acompanhamento médico regular. Destes, 79 com contaminação externa receberam tratamento ambulatorial; dos outros 50 radioacidentados e com contaminação interna, 30 foram assistidos em albergues, em semi-isolamento, e 20 foram encaminhados ao Hospital Geral de Goiânia; destes últimos, 14 em estado grave foram transferidos para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, onde quatro deles foram a óbito, oito desenvolveram a Síndrome Aguda da Radiação – SAR -, 14 apresentaram falência da medula óssea e 01 sofreu amputação do antebraço. No total, 28 pessoas desenvolveram em maior ou menor intensidade, a Síndrome Cutânea da Radiação (as lesões cutâneas também eram ditas “radiodermites”). Os casos de óbito ocorreram cerca de 04 a 05 semanas após a exposição ao material radioativo, devido a complicações esperadas da SAR – hemorragia (02 pacientes) e infecção generalizada (02 pacientes).

O acidente de Goiânia gerou 3500m3 de lixo radioativo, que foi acondicionado em containeres concretados. O repositório definitivo deste material localiza-se na cidade de Abadia de Goiás, a 23 km de Goiânia, onde a CNEN instalou o Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste, que executa a monitoração dos rejeitos radioativos
e controle ambiental.

Para executar o monitoramento sobre os efeitos da exposição à radiação ionizante nas pessoas que foram vítimas deste acidente, o governo do Estado de Goiás criou, em fevereiro de 1988, a Fundação Leide das Neves Ferreira, posteriormente transformada em Superintendência Leide das Neves Ferreira – SULEIDE. Foram definidos grupos de pacientes, de acordo com normas internacionais, que consideram como critérios de classificação a gravidade das lesões cutâneas e a intensidade da contaminação interna e externa, e que determinou a metodologia dos protocolos de
acompanhamento médico.

Os cálculos de dose das pessoas foram feitos com base nos resultados dos exames de dosimetria citogenética, para avaliação da exposição externa; e de análise de excretas e contador de corpo inteiro para avaliação da contaminação
interna. Pela técnica de dosimetria citogenética estima-se a dose recebida através de aberrações cromossomiais causadas pela radiação. A dose estimada é proporcional ao número de aberrações existentes. A técnica de análise de
excretas é chamada de monitoração in vitro e a de contador de corpo inteiro – detectores de radiação são colocados próximos ao corpo e inferem a quantidade de material radioativo incorporado e subseqüentemente a dose – monitoração in vivo.

Das várias lições aprendidas neste acidente, podemos nos referir àquela que trata da nossa responsabilidade em conhecer as conseqüências de se lidar com ciência e tecnologia, e ampliarmos os cuidados que priorizam a ética e o respeito à vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN (1988): Relatório do Acidente Radiológico em Goiânia

Irradiação X Contaminação

Uma contaminação radioativa , caracteriza-se pela presença indesejável de um material em determinado local, onde não deveria estar.
A irradiação é a exposição de um objeto ou um corpo à radiação, o que pode ocorrer a alguma distância, sem necessidade de ocorrer um contato íntimo.
Irradiar, portanto, não significa contaminar. Contaminar com material radioativo, no entanto, implica em irradiar o local, onde esse material estiver.
Por outro lado, a descontaminação consiste em retirar o contaminante (material indesejável) da região onde se localizou. A partir do momento da remoção do contaminante, não há mais irradiação.
Irradiação não contamina mas contaminação irradia.

  • Ex: Contaminação – Contato direto com a Fonte Radioativa (césio-137, cobalto-60, etc.)
  • Ex: Irradiação – o objeto é exposto a radiação da Fonte… mas não entra em contato direto com  a mesma.


Revelação Digital de Filmes Radiograficos

REVELAÇÃO DIGITAL

Lazer
Atualmente em aparelhos de Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética, usam filmes especiais tipo CT, Scanner, Vídeo Imagem, Medicina Nuclear, todos estes de processos rápidos e monobloco, alem de serem utilizados sem Ècrans Fluorescentes. O microcomputador da câmara sincroniza todo o processo, que é semelhante à formação da imagem na tela de um monitor de TV. A câmara recebe imagens de vários postos de trabalho na forma de sinal, transfere para o filme e lança este filme a uma gaveta receptora ou em uma processadora que esteja acoplada.
Os filmes usados são sensíveis a infravermelho e são armazenados na câmara em uma gaveta para sua segurança.

Lazer Dryview
Conhecido também com Dry, este equipamento dispensa os Ècrans utilizados nos Chassis, além de possuir uma processadora que nos permite visualizar a área anatômica do paciente ao qual foi exposta. Sua processadora pode estar em rede, ou seja, não é necessário documentarmos a radiografia, pois a mesma já esta a disposição do Médico, em sua sala, ele sim é quem decidirá se será necessário ou não a documentação da radiografia. A processadora também nos permite ajustes de até 20% de contraste ou latitude antes de enviar a radiografia via rede para o médico. Seu filme é sensível à Luz. É revelado a Lazer e a Alta Temperatura. As documentadoras (reveladoras), possuem uma gaveta na qual encaixamos o chassi para que a película de Fósforo seja retirada e processada, para documentarmos a informação contida nela.
A própria documentadora re-carrega o chassi, para que o mesmo seja utilizado novamente em uma nova radiografia. Suas imagens são muito bem definidas, o que nos fornecem melhores detalhes das áreas solicitadas. Há também possibilidades de arquivamento de exames realizados em CD’S, isso se não houver a necessidade da documentação, ou enquanto o paciente aguarda o laudo médico. Com este equipamento o tempo é diminuído consideravelmente, e a sua margem de erro é de apenas 0,01%, pelo fato de ser digital e nos permitir ajustes se necessários.

Revelação digital por temperatura
São filmes não sensíveis à Luz, onde a processadora só impressiona os filmes do tipo Dry Pix DIAT, e não necessita de Câmara Escura. Sendo totalmente térmica não necessita de químicos no processo de revelação, pois nos filmes não há Haleto de Prata e sim Sais Inorgânicos. Ao disparar o Raios-X, aparece a imagem da área radiografada em um monitor o que também nos permite um reajuste de cerca de 20% na imagem, do contrário do convencional ela permite a visualização e o reajuste do exame e em seguida se necessário a documentação do mesmo. As processadoras possuem monitores para visualização do paciente, seus sistemas de terminais podem ser interligados entre técnicos e médicos.

Processo de Imagem
Após a exposição do paciente, leva-se o chassi digital até a processadora (gaveta) a qual retira as informações contidas no mesmo. Seu chassi possui uma película de Fósforo não sensível à Luz que grava e armazena a informação após a irradiação até que seja documentada. Na revelação digital a perda do filme é de 0,01%, onde são utilizados os filmes DIAT (Temperatura) e DIAL (Lazer/Temperatura).
Nas processadoras convencionais a revelação acontece na seguinte seqüência:

1 – Sensibilizamos o filme;
2 – Documentação;
3 – Verificação.

Já com o sistema digital, acontece da seguinte forma:

1 – Sensibilizamos o filme
2 – Verificamos; Analisamos
3 – Documentamos, se houver necessidade.

Revelação Automática de Filmes Radiograficos

REVELAÇÃO AUTOMÁTICA

A demanda por radiografias fez com que os radiologistas e os departamentos de radiologia fossem desafiados a se tornarem cada vez mais eficientes no uso de instalações disponíveis para produzir radiografias ideais. A revelação automática de filme de Raios-X tem se tornado um grande fator no manuseio com sucesso, deste crescente volume de trabalho. A automatização da revelação é possível graças à combinação de três elementos: Processadoras; Substâncias químicas especiais; Filmes compatíveis. Trabalhando em conjunto, estes elementos oferecem um meio rápido de produzir radiografias adequadamente reveladas.

Interação dos componentes
A essência da revelação automática é a interação controlada do filme, substâncias químicas e processadoras. Para revelar, fixar, lavar e secar uma radiografia no curto tempo disponível no processo automático, requer vários fatores, entre eles substâncias químicas especialmente formuladas e rígido controle das temperaturas da solução, agitação e reforço. As características do filme devem naturalmente ser compatíveis com as condições de revelação com o diminuído tempo de revelação e com o sistema de transporte mecânico.

Processadoras automáticas
O processamento de maneira geral é idêntico, com variações nos tempos seco a seco, de acordo com o tempo há variações de fluxo e temperaturas, é composta de três tanques e um secador, motor condutor, conjuntos de racks, termostatos de controle de temperatura de circulação, de fluxo, de tempo de processamento, etc. A instalação é feita com o corpo no lado de dentro da Câmara Escura (CE) executando algumas “corpo fora da Câmara Escura”. Na parte de dentro da câmara escura, esta localizada a gaveta onde são colocados os filmes para os processamentos, em seguida os filmes são impulsionados pelos roletes dos racks, que são movimentados por um motor central, e são colocados nos tanques que se movimentam em tempos controlados puxando os filmes de seco a seco, revelando, fixando, lavando e secando, o que demora em média de 45, 90, 150 a 180 segundos.

Manutenção das processadoras
Alguns dos procedimentos padrões de manutenção para a adequada operação da processadora, são os seguintes:

  • Freqüente verificação dos níveis de solução, proporção de reforço, temperaturas fornecimento de água e recirculação da solução.
  • Limpeza dos tanques, dos bastidores de revelação, passadores, filtros e tubos de ar do secador. Os depósitos químicos devem ser removidos dos rolos.
  • As soluções de limpezas dos sistemas devem ser utilizadas de acordo com as instruções do fabricante, se houver propagação biológica ela deve ser removida de acordo com as recomendações.
  • Deve-se utilizar bandejas de escorrimento e protetores contra respingos ao se remover ou instalar os bastidores.
  • Trocar os filtros nos sistemas de circulação e nos condutores de água.
  • Ao iniciar o trabalho do ai, sugere-se colocar algumas folhas de filme de limpeza na processadora. Este procedimento ajuda a remover os precipitados, sujeiras e outras substâncias que podem ter sido depositadas nos rolos. Existem filmes de limpezas para os rolos de transporte fabricados com esta finalidade.

Sistemas dos processos automáticos
As processadoras automáticas incorporam vários sistemas, os quais transportam, revelam e secam o filme, alem de reforçar e recircular as soluções de revelação.

Sistemas de transportes

  • Tem a função de transportar o filme através das soluções do revelador e do fixador e pelas seções de lavagem e secagem.
  • Mantém o filme em cada etapa do ciclo de revelação durante o exato tempo requerido.
  • E também, produz uma radiografia pronta pra ser analisada.

O filme é transportado por um sistema de rolos que funcionam por um motor de velocidade constante.
O sistema, ainda desempenha duas outras funções importantes para a rápida produção de radiografias de alta qualidade.
Em primeiro lugar, os rolos produzem agitação vigorosa e uniforme das soluções na superfície dos filmes, o que contribui pra a uniformidade da revelação.
Em segundo lugar, a ação espremedora dos últimos rolos remove a maioria das soluções do filme, reduzindo as substâncias, prolongando a vida do fixador e aumentando a eficiência da lavagem.

Sistema de água
O sistema de água na maioria dos reveladores tem duas funções: lavar o filme e ajudar a estabilizar a temperatura das soluções de revelação. A água temperada (fria e quente) passa por um regulador de fluxo que mantém um fluxo de água adequado e constante. Dependendo da processadora parte ou toda a água é usada para ajudar a controlar a temperatura do revelador. Em outras ajuda a regular também a temperatura do fixador. O controle adequado da temperatura do revelador e lavagem do filme é feito com água de diversas temperaturas.

Sistema de Recirculação

A recirculação das soluções do fixador e do revelador, desempenham as funções de misturar uniformemente as soluções de revelação e reforço, ajudando a manter a temperatura adequada e a atividade química, e também mantém as soluções misturadas e agitadas em constante contato com o filme. A recirculação da solução do fixador é semelhante a do revelador, com a diferença de que a temperatura do fixador pode ser controlada pela temperatura do revelador ao invés de um ter um regulador separado.

Sistemas de reforços
Sem o reforço a atividade química das soluções de revelação diminuiria com o seu uso. O reforço exato é essencial para a revelação adequada do filme para prolongar a vida das soluções de revelação. Além do mais em uma processadora automática, se as soluções não forem devidamente reforçadas, o filme pode não secar e nem ser transportado corretamente. O reforço é misturado nas soluções da processadora através de bombas de recirculação. As quantidades de reforço devem ser ajustadas e verificadas periodicamente. O reforço excessivo do revelador pode resultar em baixo contraste e menor densidade máxima, o reforço insuficiente resulta em ganho de velocidade e contraste, mas o bastante escasso resulta na perda dos dois.

Sistema de secagem
A rápida secagem da radiografia revelada depende do adequado condicionamento do filme nas soluções de revelação, da remoção eficiente da umidade da superfície pelos rolos espremedores e do bom fornecimento de ar morno, que atinge ambas as superfícies da radiografia. O ar quente é fornecido para a seção do secador através de um compressor. A maioria do ar morno é re-circulados, o resto é ventilado para evitar a acumulação excessiva de umidade no secador e ar fresco é aspirado para dentro do sistema em substituição ao ar ventilado. Estes são os principais sistemas da revelação automática. É o meio pelo qual se efetua o meticuloso controle de revelação dia após dia. Entretanto, estes sistemas não podem por si só produzir radiografias de qualidade, prontas para serem analisadas.

Química de revelação automática
A revelação automática não é simplesmente a mecanização da revelação manual, mas sim processo que depende da revelação entre a mecânica, as substâncias químicas e o filme. Para responder as necessidades e condições especificas da revelação automática foram desenvolvidas substâncias químicas especiais.

Substâncias químicas da revelação automática
a revelação automática impõe requisitos bem diferentes nas substâncias químicas. Revelar e fixar as imagens, as substâncias químicas de revelação devem evitar a excessiva dilatação, resvalamento ou pegajosidade da emulsão e devem permitir que o filme seja lavado e secado rapidamente. Em processadoras automáticas, se um filme se tornar escorregadio, pode atrasar-se no sistema de transporte de maneiras que os filmes que o seguem o alcancem e sobreponham-se a ele; ou pode tornar-se tão pegajoso que fica grudando e enrolado em um dos rolos. Se a emulsão se torna macia ela pode ser danificada pelos rolos. A melhor maneira de se controlar as variações das propriedades físicas do filme é através de substâncias químicas especiais. Para simplificar e para melhor beneficio possível de um departamento de radiologia a revelação deve ser rápida.

Alimentação do filme – Processadoras automáticas
As folhas de filmes devem ser colocadas na processadora automática de acordo com o diagrama fornecido pelo fabricante do equipamento. Filmes de tamanhos menores do que o recomendado, podem ser colocados na processadora somente após terem sido afixados com fita adesiva. Esta fita deve ser imune as soluções e temperaturas da processadora e seu lado adesivo não deve ser exposto. Uma leve pressão no rolo, assim que este é colocado na processadora, mantém o filme corretamente alimentado. Este procedimento impede qualquer agrupamento no sistema de rolos, que possa ocorrer se o filem se desviar. Para evitar arranhões ou quaisquer outros tipos de danos, devido ao manuseio, enrole o filem em carretel assim que ele surge da secção de secagem do revelador. As vezes surgem alguns problemas devido as aplicações deliberadas pelos usuários de condições de revelação diferente das recomendadas pelos fabricantes. Por exemplo é possível aumentar a velocidade e o contraste de um filme através de sua revelação a uma temperatura mais elevada do que a recomendada pelo fabricante, ou é possível aumentar a latitude de um filme através de uma revelação em soluções que não foram recomendadas. As recomendações dos fabricantes são meio-termos feitos para oferecer margens de tolerâncias para variedades de possibilidades. É importante lembrar que as mudanças nas condições de revelação, poderão trazer grandes efeitos na imagem radiológica e que o controle cuidadoso das condições de revelação é essencial para se obter qualidade radiográfica constante.

Controle de qualidade
O uso de um programa de controle de qualidade não irá somente fornecer uma reprodutibilidade, mas também dará ao usuário uma confiança no sistema de controle de exposição, que forem estabelecidas. Para que alcancem estes dois objetivos (reprodutibilidade e confiança), deverá ser estabelecido um tempo determinado para o uso dos químicos para que os mesmos não venham influenciar nas radiografias. Uma vez que foi estabelecido um programa de controle de qualidade para a revelação será mais fácil manter uma produtividade com qualidade radiográfica uniforme, por que as variações desta fonte serão reduzidas. O propósito de um programa de controle de qualidade é o de manter sempre radiografias excelentes, mas o que consiste na excelência de uma radiografia é uma questão subjetiva. Estabelecer o controle de qualidade deve-se estabelecer os critérios fundamentais, juntamente com a margem de tolerância para os fatores técnicos sendo monitorados. Estes critérios devem ser determinados e baseados nas necessidades diagnosticas do radiologista.

Revelação Manual de Filmes Radiograficos

REVELAÇÃO MANUAL

Tempo e Temperatura
A revelação para filmes de Raios-X são mais eficientes quando usadas dentro de um limite de temperatura (temperatura ideal 21ºC). Em temperaturas abaixo da recomendada, algumas das substâncias químicas claramente atrasam sua atividade e podem causar uma revelação insuficiente e uma fixação inadequada. Temperaturas acima da recomendada a atividade é muito alta para o controle da revelação manual. A temperatura de revelação prescrita pelo fabricante é geralmente recomendada por várias razões.

  • Primeiro: se obtêm o bom desempenho sensitométrico do filme, isto é, o contraste e a velocidade do filme são satisfatórios e o véu é mantido a um nível aceitável.
  • Segundo: a revelação se processa em tempo conveniente.
  • Terceiro: com dispositivos modernos de preparar soluções, a temperatura é geralmente mantida.

Manter as soluções na temperatura recomendada fará com que o usuário possa obter as melhores características sensitométricas e também terá a vantagem de um tempo padrão de revelação, fixação e lavagem. A revelação por tempo e temperatura é mais preferível do que a revelação por simples observação a qual na realidade requer mais atenção, habilidades e critérios. Quando os tempos e as temperaturas são cuidadosamente correlacionados, conforme recomendado pelo fabricante, qualquer falta de densidade na radiografia pode ser atribuída a subexposição demasiada em vez da revelação excessiva. Este fato é importante ao se determinar os ajustes na exposição.

Reforço para revelação manual
A atividade de um revelador não reforçado diminui gradualmente devido à exaustão. Mesmo quando o revelador não esta sendo usado, a atividade pode diminuir vagarosamente por causa da oxidação do agente revelador pelo ar. Esta exaustão, se não for contra-balanceada, gradualmente resultará em revelação deficiente e afetará o contraste e a velocidade de modo adverso. A melhor forma de se compensar estas perdas é o uso do sistema onde a atividade e os volumes da solução são mantidos através de um reforço químico adequado. O sistema de reforço é eficaz e simples só é preciso adicionar uma solução ao revelador original pra compensar a perda da atividade e assim permitir um tempo constante de revelação. O reforço desempenha a dupla função de manter o nível liquido no tanque e de manter a atividade da solução. Co este método, os filmes devem ser removidos rapidamente do revelador sem permitir que o excesso de solução escorra de volta para o tanque. Em todos os casos a solução deve ser jogada fora ao final de três meses, por causa da oxidação pelo ar, e o acumulo de gelatina, sedimentos e impurezas do mecanismo que acabam infiltrando na solução.

Procedimentos
No que diz respeito aos procedimentos seguidos na revelação manual, certifique-se de consultar as recomendações do fabricante, uma vez que elas podem variar de produto a outro. Primeiramente, usando diferentes espátulas, misture bem as soluções pra igualar a temperatura e a atividade química em todos os tanques. Em seguida, determine as temperaturas das soluções. Logo após, baseando-se no tempo e na temperatura da solução do revelador, ajuste o cronômetro para intervalos adequados. Mergulhe imediatamente o filme no revelador e golpeie levemente a colgadura contra a parede do tanque para remover as bolhas de ar da superfície do filme. Alguns filmes não devem ser removidos durante a agitação. É aconselhável escorrer o filme no espaço entre os tanques ao invés de colocar o filme não escorrido diretamente no próximo tanque, desta forma prolongando a vida das soluções.

Enxágüe
Após o filme ter sido revelado, deve ser mergulhado em um banho enxaguador de água corrente límpida ou ainda em uma solução de banho interruptor. O tempo mínimo para o enxágüe ou banho interruptor é de aproximadamente 30 segundos. As temperaturas de todas as soluções devem ser mantidas próximas da emulsão. Após o enxágüe, o filme deve ser novamente escorrido de maneira que a menor quantidade possível de liquido seja transferida para o fixador.

Lavagem
Os filmes devem ser devidamente lavados para se remover as substâncias químicas da emulsão. Para evitar uma eventual descoloração e desbotamento da imagem. São necessários, uma boa quantidade de água corrente e límpida, a qual deve fluir de tal forma que ambas as superfície de cada filme receberam água fresca continuamente. O tempo requerido pra uma adequada lavagem, depende da temperatura da água, da sua qualidade, do ritmo do fluxo e turbulência da água, do tipo de filme e de certa forma do tipo do fixador. Deve-se seguir as recomendações do fabricante quanto ao tempo de lavagem, que é freqüentemente entre 5 a 30 minutos. Os filmes de “exposição direta” requerem um maior tempo de lavagem, por que sua emulsão tende a ser mais pesada. A lavagem deve ser cronometrada a partir do mergulho do ultimo filme na água, porque os filmes lavados ou parcialmente lavados não só absorverão as substâncias químicas do fixador das águas contaminadas como também liberarão estas substâncias na água renovada. Assim, conforme mais filmes são adicionados ao tanque, os filmes podem ser movidos progressivamente na direção contra a corrente para perto da entrada de água de maneira que os filmes prontos sejam lavados na água mais límpida e recente. A lavagem será mais eficaz se for feita através de um sistema de cascata no qual a água flui através de dois ou mais tanques pequenos em vez de um tanque grande. Deve-se deixar o filme descansando por dois a três segundos após ser retirado da água.

Agente umedecedor
Com o objetivo de evitar marcas de água e secagem na radiografia e de acelerar a secagem, enxágüe por cerca de 30 segundos em um agente umedecedor após ter sido retirado da água da lavagem. O agente reduz a tensão da superfície da água no filme evitando a formação de gotículas de água, que deixam marcas quando secas.

Secagem
É a etapa mais simples da revelação, e também bastante importante. A secagem indevidamente realizada pode resultar em marcas de água ou deteorização da gelatina devido à excessiva temperatura. As temperaturas de secagens devem ser rigorosamente seguidas pelas recomendações do fabricante. Tem a função de trazer ao estado normal a emulsão de modo uniforme, limpo e dentro de um intervalo de tempo razoável, nesta fase podem acontecer defeitos, como deposição de pó ou fios na emulsão, presença de pequenas gotas d’água causando manchas e falta de espaçamento entre as películas grudando umas nas outras. Para evitarmos estes defeitos, após a lavagem devemos imergir o filem em uma solução que contenha agente umedecedor, diminuindo a tensão superficial, reduzindo o risco de que a água seque de forma desigual. Os secadores consistem em uma cabine na qual a umidade é retirada do ar através de substâncias químicas e o ar dês-umedecedor é re-circulado sobre o filme. Assim que estiverem secos, os filmes devem ser retirados do secador para evitar que se torne quebradiço e deve-se cortar as pontas para retirar as marcas dos grampos. As radiografias podem ser penduradas para secar em bastidores em uma área livre. Independente dos métodos usados para a secagem, os filmes devem estar bem separados uns dos outros, pois se entrarem em contato durante a secagem, eles podem apresentar marcas de secagem ou podem grudar-se uns aos outros.

Acidentes Radioativos


rADIOLOGIA

CAUSAS

  • Defeito nos equipamentos de proteção radiológica;
  • Defeito nos equipamentos emissores de radiação;
  • Fadiga do Operador.
  • Horario inadequado de trabalho;
  • Extravio ou furto de equipamento emissor de radiação;
  • Incêndio;
  • Acidente com viatura que transporte material radioativo;
  • Relaxamento nas medidas de segurança.

PROVIDÊNCIAS

  • Isolar a área;
  • Afastar as Pessoas;
  • Identificar a fonte de contaminação ou irradiação;
  • Contatar o Supervisor de Proteção Radiologica;
  • Proceder a Análise de estimativa das doses;
  • Descontaminar a área (fontes não seladas);
  • Convocar os Possiveis irradiados ou contaminados para se submeterem a exames médicos;
  • Analisar o evento e implementar procedimentos para evitar novos acidentes.