Informação profissional
  
  
  

Arquivo do mês: setembro 2015

CÂMARA ESCURA

É o lugar na qual se desenvolvem os processos de revelação, fixação e lavagem das películas radiográficas, onde se carregam e descarregam os chassis. Deve ser localizada no centro de todas as salas, tendo comunicação direta, para que possamos evitar o desperdício de tempo, sem contar que é menos cansativo para o técnico e o operador. Divide-se em duas partes:

  • Parte seca;
  • Parte úmida;

Parte seca: Onde Ficam as Colgaduras, filmes chassis e demais utensílios. Parte úmida: Onde encontramos os tanques nos quais os filmes  serão submetidos aos diversos banhos necessários. A utilização de ventiladores para circulação do ar ou de exaustão, tem função importante: para que os gases emanados das soluções tóxicas não venham prejudicar o operador. A temperatura de uma câmara escura varia entre 18º e 24°C. Para melhor conservação dos filmes e processamento das radiografias. A umidade relativa do ar deve ser por volta de 50%. Causas de velamento em uma C.E

  • Filtro da luz de segurança com rachadura numa C.E;
  • Buraco da Fechadura;
  • Excesso de tempo sob a ação da luz de segurança;
  • Fresta de portas;
  • Túnel passador de chassis aberto;
  • Negatoscópio de lâmpada fluorescente que, quando apagada continua durante certo tempo a emitir luminosidade; (quando está colocado dentro da C.E).

Efeitos Biologicos das Radiações Ionizantes.

Os efeitos biológicos da radiação são a conseqüência de uma longa série de acontecimentos que se inicia pela excitação e ionização de moléculas no organismo. Há dois mecanismos pelos quais as alterações químicas nas moléculas são produzidas pela radiação ionizante: efeitos diretos e indiretos.
No processo de interação da radiação com a matéria ocorrem ionização e excitação dos átomos e moléculas provocando modificação (ao menos temporária) nas moléculas. O dano mais importante é o que ocorre no DNA.

  • Efeitos físicos: 10-13 s
  • Efeitos químicos: 10-10 s
  • Efeitos biológicos: minutos-anos, é a resposta natural do organismo a um agente agressor, não constitui necessariamente em doença. Ex: redução de leucócitos.
  • Efeitos orgânicos: são as doenças. Incapacidade de recuperação do organismo devido à freqüência ou quantidade dos efeitos biológicos. Ex: catarata, câncer,leucemia.

Efeitos da radiação ionizante nos serem humanos

Classificação dos efeitos Biológicos

  • Classificação segundo a Dose Absorvida: Estocásticos ou Determinísticos
  • Classificação segundo ao Tempo de Manifestação: Imediatos ou Tardios
  • Classificação segundo ao Nível de dano: Somáticos ou Genéticos

Efeito Estocástico:
Leva à transformação celular. Sua causa deve-se a alteração aleatória no DNA de uma única célula que continua a se reproduzir. Quando o dano ocorre em célula germinativa, efeitos genéticos ou hereditários podem ocorrer.
Não apresenta limiar de dose: o dano pode ser causado por uma dose mínima de radiação. Tumores altamente malignos podem ser causados por doses baixas e outros benignos por doses altas. A severidade é constante e independente da dose;

  • A probabilidade de ocorrência é função da dose;
  • São difíceis de serem medidos experimentalmente, devido ao longo período de latência.

Exemplos: câncer, (leucemia de 5 a 7 anos; tumores sólidos de 15 a 10 anos ou mais), efeitos genéticos.

A severidade de um determinado tipo de câncer não é afetada pela dose, mas sim, pelo tipo e localização da condição maligna. Os resultados até o momento parecem indicar que, em indivíduos expostos, além de câncer e tumores malignos em alguns órgãos, nenhum outro efeito estocástico é induzido pela radiação.

Efeito Determinístico:

  • Leva à morte celular
  • Existe limiar de dose: os danos só aparecem a partir de uma determinada dose.
  • A probabilidade de ocorrência e a gravidade do dano estão diretamente relacionadas com o aumento da dose.
  • Geralmente aparecem num curto intervalo de tempo;

Exemplos: catarata, leucopenia, náuseas, anemia, esterilidade, hemorragia, eritema e
necrose.

A morte de um pequeno número de células de um tecido, resultante de exposição à radiação, normalmente não traz nenhuma conseqüência clínica observável. Para indivíduos saudáveis, dependendo do tecido irradiado, nenhum indivíduo apresentará dano para doses de até centenas ou milhares de miliSieverts. Acima de um valor de dose (limiar), o número de indivíduos manifestando o efeito aumentará rapidamente até atingir o valor unitário (100%). Isto decorre das diferenças de sensibilidade entre os indivíduos.

Efeitos Somáticos e Genéticos
Efeitos Somáticos são aqueles que ocorrem no próprio indivíduo irradiado. Podem ser divididos em efeitos Imediatos e efeitos Tardios. Nos Efeitos Genéticos os danos provocados nas células que participam do processo reprodutivo de indivíduos que foram expostos à radiação, podem resultar em defeitos ou mal-formações em indivíduos de sua descendência.

Os Efeitos Somáticos das radiações são aqueles que afetam apenas os indivíduos irradiados, não se transmitindo para seus descendentes. Os efeitos somáticos classificam-se em:

Efeitos imediatos: aqueles efeitos que ocorrem em um período de horas até algumas semanas após a irradiação. Como exemplos de efeitos agudos provocados pela ação de radiações ionizantes pode-se citar eritema, queda de cabelos, necrose de tecido, esterilidade temporária ou permanente, alterações no sistema sangüíneo, etc.
Efeitos tardios: quando os efeitos ocorrem vários meses ou anos após a exposição à radiação. Exemplos dos efeitos crônicos são: o aparecimento de catarata, o câncer, a anemia aplástica, etc.