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Falando mais a Fundo Sobre os Aparelhos de Tomografia Computadorizada

O aparelho de TC permite gerar a imagem de um corte anatômico axial como o auxílio de um computador. O método utiliza um tubo gerador de raios X que emite radiação enquanto se move em círculo, ou semicírculo, em torno do objeto do qual se deseja gerar imagem. Ao invés de gerar a imagem diretamente sobre o filme radiográfico, a radiação que atravessa o objeto é captada por detectores posicionados em oposição à fonte de radiação, após o objeto.

As imagens tomográficas são reconstruídas através de um grande número de medições em diversas posições do sistema tubo-detector em relação ao objeto. Os dados coletados pelos detectores são convertidos em um sinal digital e enviados ao computador. Como se utiliza um feixe delgado para irradiar o volume, apenas uma fatia delgada do volume é irradiada por vez. A fatia  irradiada é dividida em pequenas unidades de volume denominadas voxel.

Os detectores captam a parcela do feixe que atravessou o objeto, gerando um sinal elétrico que é convertido em um sinal digital e enviado para o computador. Após a aquisição de um grande número de medições, o computador fará o tratamento dessas informações para determinar a parcela do feixe absorvida por cada um dos voxels que compõem a fatia irradiada, que está associado ao valor do coeficiente de atenuação linear (µ) do tecido que compõe cada voxel.

Determinado o valor da atenuação para cada voxel, o próximo passo consiste na construção da imagem digital que representará a fatia irradiada. Cada elemento componente da imagem digital é denominado pixel, e cada pixel representará na imagem através de um tom de cinza.

O tom de cinza do pixel dependerá do valor da atenuação promovida pelos voxels que representa.

Assim, os voxels que apresentarem coeficiente de atenuação linear maior absorverão uma maior parcela do feixe de radiação e serão representados em tons mais claros na imagem, e os que possuírem menor valor de coeficiente de atenuação linear absorverão uma menor parcela do feixe e aparecerão mais escuros. Através de um tratamento matemático (algoritmo), permite determinar a atenuação do feixe para cada voxel e converter esses dados em uma imagem em tons de cinza que varia do branco ao preto.

A imagem tomográfica resultante é um mapa em escala de cinza que está diretamente relacionada aos coeficientes de atenuação linear de cada tecido atravessado pela radiação.

A qualidade dessa imagem gerada em TC depende de vários parâmetros, tais como: a natureza dos raios X (qualidade), o tipo de detectores de raios X, o número de detectores, a velocidade de medições, os algoritmos utilizados para a determinação das atenuações individuais, para a reconstrução as imagem, etc.

Para que o processo funcione adequadamente, é necessário que o objeto permaneça imóvel durante todo o período de medições de atenuação do feixe pelos detectores nas diversas posições do conjunto tubo-detector em relação ao objeto, uma vez que é necessária a coleta de muitos dados para que os algoritmos computacionais possam obter os valores de atenuação promovida por cada voxel.

Os avanços tecnológicos permitiram a criação de novas gerações de aparelhos que apresentam, cada vez mais, imagens mais detalhadas e de melhor qualidade. A maior evolução no que se refere à qualidade dos aparelhos veio com a evolução dos tubos de raios X e dos detectores de radiação, que permitiram reduzir consideravelmente o tempo de aquisição de um corte e, conseqüentemente, o tempo total de varredura.

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