Informação profissional
  
  
  

Rx Convencional

CÂMARA ESCURA

É o lugar na qual se desenvolvem os processos de revelação, fixação e lavagem das películas radiográficas, onde se carregam e descarregam os chassis. Deve ser localizada no centro de todas as salas, tendo comunicação direta, para que possamos evitar o desperdício de tempo, sem contar que é menos cansativo para o técnico e o operador. Divide-se em duas partes:

  • Parte seca;
  • Parte úmida;

Parte seca: Onde Ficam as Colgaduras, filmes chassis e demais utensílios. Parte úmida: Onde encontramos os tanques nos quais os filmes  serão submetidos aos diversos banhos necessários. A utilização de ventiladores para circulação do ar ou de exaustão, tem função importante: para que os gases emanados das soluções tóxicas não venham prejudicar o operador. A temperatura de uma câmara escura varia entre 18º e 24°C. Para melhor conservação dos filmes e processamento das radiografias. A umidade relativa do ar deve ser por volta de 50%. Causas de velamento em uma C.E

  • Filtro da luz de segurança com rachadura numa C.E;
  • Buraco da Fechadura;
  • Excesso de tempo sob a ação da luz de segurança;
  • Fresta de portas;
  • Túnel passador de chassis aberto;
  • Negatoscópio de lâmpada fluorescente que, quando apagada continua durante certo tempo a emitir luminosidade; (quando está colocado dentro da C.E).

Fatores Elétricos de uma Radiografia

  • Quilovoltagem (KV)
  • Miliamperagem (mA)

Os Fatores Elétricos se relacionam com produção de raios x.
Os Fatores Elétricos, destacam-se dos demais por serem os raios X oriundos da própria eletricidade e como tal, é mister dosa-los muito bem para que os raios X produzidos sejam de qualidade e quantidade adequadas para determinadas espessuras e densidades de uma região respectivamente.

O KV como sabemos determina a quantidade dos raios X e por isso é aplicado de acordo com a espessura da região a ser radiografada e o mA determina a quantidade de raios X que é aplicado de acordo com a densidade da região a ser radiografada.

Quanto maior a espessura da região maior deverá ser a quilovoltagem e quanto mais densa a região maior deverá ser a miliamperagem. Por isso, os fatores elétricos deverão ser aplicados de maneira equilibrada pois só assim será possível produzir-se radiografias de padrão uniforme.
Sendo o KV responsável pela quantidade dos raios X, torna-se indispensável dosa-lo de acordo com a espessura de cada indivíduo.

Para calcularmos a quilovoltagem exata para cada região ou para cada indivíduo, dispomos de um instrumento de medida denominado espessômetro, inventado por Gregório Vidaureta, técnico da “General Elétrica”, que consiste em uma haste de alumínio, no formato de esquadro, sendo o lado mais longo dividido em centímetros e polegadas tendo presa ao mesmo outra haste que pode ser movimentada no sentido longitudinal, que serve para indicar o número de centímetros encontrados na região a ser radiografada. Usa-se centímetros e não polegadas para se medir a espessura. Mede-se a região a ser radiografada, no sentido da incidência dos raios X, isto é, no sentido em que os raios X vão atravessar o objeto, eo número de centímetros encontrados multiplica-se por dois e soma-se com a constante do aparelho (C.A.).

Exemplo:
Espessura 19cm C.A = 25 19×2=38 38+25=63KV

63 KV é quantidade adequada a radiografar.
Controla-se q quilovoltagem por meio de um dispositivo situado na mesa de comando, denominado Seletor de Quilovoltagem. De dez em dez KV ou de dois em dois kv.

Já a miliamperagem não é possível variá-la a maneira da quilovoltagem e sim de um modo que as únicas variações possíveis de se obter, são as de calibragem. Um aparelho por exemplo, de 200 mA, por meio do Seletor de miliamperagem, pode ser calibrado para: 200mA, 150mA, 100mA, 50mA, 25mA. A miliamperagem indicada pelo seletor, é a capacidade do aparelho.
Sempre que fizermos referências sobre a capacidade de determinado aparelho, devemos citar a capacidade de intensidade e capacidade de tensão; assim:-“tal” aparelho é de 100 mA e 90KV de capacidade. No entanto, para nós técnicos, apenas interessa a mA do aparelho, de modo que passaremos a citar a capacidade do mesmo, apenas pela miliamperagem; isto porque, todas as técnicas, sem exceção , são executadas baseadas na mA do aparelho, afim de que se possa determinar o tempo de emissão e por conseguinte a quantidade desejada de raios X.

MILIAMPERAGEM X SEGUNDO (mAs)

As técnicas radiográficas são feitas de acordo com a região a ser examinada e como a densidade das regiões diferem, são necessárias diferentes quantidades de raios X. Além disso, os aparelhos são construídos em diferentes capacidades, de modo que temos de recorrer a outro fator, para que os diferentes aparelhos produzam exatamente a quantidade de raios X necessária para determinada técnica, ou para que aparelhos da mesma capacidade, produzam diferentes quantidades de raios X. Tempo é o fator que usamos para compensar a diferença de capacidade dos aparelhos e determinar a quantidade exata dos raios X que precisamos.Considera-se TEMPO (T), o período em que o aparelho emite raios X. A unidade de tempo em raios, é o segundo. Para regula-lo, os aparelhos dispõe de mecanismos próprios, denominados TIMER, que podem ser mecânicos ou elétricos. Os aparelhos atualizados são elétricos, interrompendo a emissão de raios X exatamente no tempo marcado. O timer situa-se na mesa de comando e de conformidade com a capacidade do aparelho determina 1 segundo ou mais segundos se dividem em décimos, centésimos e atualmente já existem aparelhos até com milésimos de segundo.

O mA (capacidade do aparelho) multiplicado pelo tempo de trabalho de um aparelho, nos fornecera o mAs que é o produto do aparelho num determinado tempo. mAs nada mais é do que uma determinada quantidade de raios X produzidos e pode ser definido da seguinte forma:
mAs é igual a mA multiplicado pelo tempo.
mA é a capacidade do aparelho. mAs é o produto do trabalho do aparelho em um determinado tempo.

Exemplo:
Se um aparelho de 200 mA de capacidade emitir raios X ou trabalhar durante 1 segundo, produzirá:

200mA x 1 = 200 mAs ( 200 vezes 1, é igual a 200 miliampéres por segundo).

200mAs é quantidade que o citado aparelho produzirá em um segundo de trabalho.

Fatores Óticos de uma Radiografia

Os fatores Óticos são todos os fatores que se relacionam com o tubo.

TAMANHO

O fator tamanho refere-se ao tamanho do foco. FOCO FINO e FOCO LARGO ou FOCO GROSSO.

FOCO DE RAIOS X ou PONTO FOCAL: sabemos que é o ponto de placa do anódio onde os elétrons bombardeiam, produzindo em conseqüência raios X. Existem ampolas cuja placa apresenta DOIS PONTOS FOCAIS, um maior que o outro. Ao ponto onde os elétrons bombardeiam em área menor, dá-se o nome de FOCO FINO e ao ponto onde a área de incidência é maior, FOCO LARGO ou FOCO GROSSO.

Ao fato de existirem dois pontos focais, é devido ao catódio ser provido de DOIS FILAMENTOS, um maior que o outro. Quando é aquecido o filamento menor, logicamente os elétrons atraídos bombardearão o anódio em área menor, dada a menor espessura do feixe eletrônico. Isto é óbvio, pois sendo menor o filamento, menos espesso será o feixe eletrônico, o que torna os elétrons mais COMPACTOS e por conseguinte, os raios X produzidos serão mais atenuantes, por serem também mais compactos, mais unidos por assim dizer. É por isso que nos utilizamos do foco fino quando desejamos executar uma técnica, de modo que a radiografia obtida apresente os mínimos detalhes, permitindo assim um leitura mais profunda, para um laudo mais preciso.

A falta de detalhes apresentada por uma radiografia feita em Foco Largo, é conseqüência do halo de penumbra que o mesmo produz na imagem radiográfica. Como sabemos, as linhas de definição de uma radiografia, não devem exceder de 1/7 mm, e o halo de penumbra na imagem, em certas circunstâncias, excede em muito este limite, como por exemplo, quando a distância do objeto do filme é grande.

Tentaremos, através do esquema abaixo, tornará mais compreensível o que se acabou de relatar.

Indubitavelmente as radiografias feitas com foco fino são bem mais detalhadas que as feitas com foco grosso porém, para determinados exames é desaconselhável o uso do foco fino, como por exemplo do coração e vasos, do tubo digestivo e outros. Estes órgãos, devido aos movimentos que lhes são próprios, isto é, ide pendentes de nossa vontade (diástole e sístole do coração, circulação sanguínea, peristaltismo do tubo digestivo) devem ser radiografados dentro do menor espaço de tempo possível e para isso é necessário alta mA para compensar o pouco tempo de exposição. O foco fino, não resiste a alta miliamperagem com pouco tempo de exposição; fatalmente se funde.

Os fabricantes, a fim de preservar o tubo, constroem os aparelhos com calibragem adequada, impossibilitando a aplicação de maior mA mesmo que deseje.

Órgãos cujos movimentos podemos controlar, por serem dependentes de nossa vontade, como os ossos dos membros e extremidades, da cabeça, articulações, etc., podem ser radiografados como foco fino, utilizando-se baixa miliamperagem, compensada com maior tempo de exposição, sem o risco de se fundir.

O foco grosso, apesar de não produzir raios X em condições tão boas quanto aos produzidos no foco fino, tem a vantagem de suportar alta mA, permitindo-nos radiografar o órgão em frações de segundo, sem o risco de se fundir. O prejuízo do detalhe é compensado com a vantagem de poder-se utilizar o foco grosso para todo e qualquer exame.

Os focos são controlados por um dispositivo especial, situados na mesa de comando, denominado COMUTADOR DE FOCO. Quando se liga a corrente para o filamento menor, automaticamente é desligada do filamento maior e vice-versa, não havendo possibilidade de se aquecerem ao mesmo tempo, o que certamente causaria danos a ampola.

Para termos noção do foco que está sendo utilizado, o comutador indica por meio de sinais característicos, pintados ou gravados na mesa de comando, facilmente compreensíveis, geralmente representados por números (1 e 2), por letras ( F e G), por algarismos romanos (I e II), por dois traços, sendo um mais espesso que o outro, havendo também alguns escritos por extenso (fino e grosso) e etc.

DISTÂNCIA

Como fator ótico, o FATOR DISTÂNCIA relaciona-se com o tubo. É a distância compreendida entre o FOCO e o FILME, denominada DISTÂNCIA FOCO FILME.

DISTÂNCIA FOCO FILME (D.F.F.):- A boa densidade de uma radiografia, e o que é o mais importante , a IGUALDADE DE DENSIDADE de uma para outra radiografia, principalmente em se tratando de diferentes órgãos, não será obtida, se não utilizarmos a D.F.F. adequadamente, pois , esta deverá ser utilizada de acordo com os fatores elétricos aplicados. Se aplicarmos determinado mA e KV a uma determinada D.F.F. e depois aumentarmos esta distância, logicamente a radiografia feita com maior distância e os mesmos fatores elétricos, apresentar-se-á menos densa, ou como dizemos na gíria radiológica, ficará “Flou”e se a diminuirmos, a radiografia apresentar-se-á queimada. Além disso, há de se considerar o detalhe e a distorção. Para cada órgão ou região do paciente, devemos utilizar determinada distância, a fim de que a radiografia obtida ofereça-nos o máximo em DETALHE e a mínima DISTORÇÃO. Detalhe é aproximação máxima da imagem radiográfica com o original. Radiografia detalhada é aquela que apresente todas as características possíveis do órgão, inclusive das dimensões.

A imagem do órgão gravada na película radiográfica pelos raios X, se apresenta sempre com as dimensões aumentadas, aumento este causado por diversos fatores, que em capítulos posteriores trataremos com mais minúcias. Dá se o nome de DISTORÇÃO a este aumento. Além do aumento da imagem, a distorção se apresenta sob outros aspectos, como exemplo: das linhas e formas do órgão, ou das relações entre um e outro.

A DISTORÇÃO (aumento da imagem) É INVERSAMENTE PROPORCIONAL À D.F.F UTILIZADA. Dedução: Quanto MENOR a distância, maior é a distorção. É por isso que utilizamos maior a D.F.F. quando desejamos radiografar um órgão ou uma região com a mínima distorção, como por exemplo do coração e vasos da base, mediastino, etc..

A fidelidade da imagem obtida com maior D.F.F., deve-se ao fato de : Quanto MENOR distância, MAIOR é a DIVERGÊNCIA dos raios e quanto MAIOR a distância, tanto mais PARALELOS são os raios. Aliás, o que acabamos de afirmar, é apenas uma expressão teórica e nos apressamos a esclarece-la devidamente, pois na realidade, com a maior ou menor distância, os raios NÂO se tornarão PARALELOS ou DIVERGENTES. De modo algum mudarão seu curso. O feixe de raios X se projeta em linha reta, porem divergente, e esta divergência continuará até o infinito ou finito (não sabemos precisar) aumentando cada vez mais a área de incidência.

Exemplo típico é o projetor cinematográfico, sobejamente conhecido por todos. Quanto maior a sala de projeção, tanto maior deverá ser a tela, pois sendo maior a sala, obviamente tornar-se-á maior a distância do projetor à citada tela, o que torna por sua vez maior a área de incidência do feixe luminoso.

O que podemos afirmar sem receio de embargos é que QUANTO MAIS PRÓXIMOS DO RAIO CENTRAL (centro do feixe de raios X) MAIS PARALELOS SÃO OS RAIOS E QUANTO MAIS DISTANTES DO RAIO CENTRAL, MAIS DIVERGENTES SÃO OS RAIOS.

Observando-se o esquema abaixo, nota-se que o objeto é atingido pelos raios divergentes (raios periféricos do feixe) quando D.F.F. é pequena, sendo seu diâmetro bastante aumentado ao ser projetado no filme, e aumentando-se a D.F.F., os raios divergentes se perdem no espaça ou são absorvidos pelos anti-difusores, sendo o objeto atingido somente pelos raios mais centrai, menos divergentes e o aumento do diâmetro da imagem projetada na película será bem menor. Daí a expressão teórica muito acertada, porém mal interpretada de que: QUANTO MENOR A DISTÂNCIA, MAIS DIVERGENTES SÃO OS RAIOS E QUANTOE MAIOR A DISTÂNCIA, MAIS PARALELOS SÃO OS RAIOS.

Com exceção das técnicas especializadas, as distâncias de BOM EFEITO RADIOGRÁFICO são de 0,75m, a 1,00m para ossos e articulações.

De 1,00m para órgãos abdominais e de 1,50m a 1,83m para o tórax.
Para o coração e vasos da base, a distância ideal para que a distorção seja mínima possível, deverá ser de 2,00m.

Radiografia feita à D.F.F. de 1,83m a 2,00m, chama-se TELERADIOGRAFIA. TELE significa DISTÂNCIA, de modo que teleradiografia que quer dizer RADIOGRAFIA A DISTÂNCIA.

O EFEITO FOTOGRÁFICO DOS RAIOS X É INVERSAMENTE PROPORCIONAL AO QUADRADO DAS DISTÂNCIAS. Concluímos que: quanto MAIOR a D.F.F., MENOR é o poder de penetração dos raios X e quanto MENOR a D.F.F., MAIOR é o poder de penetração dos raios X.

A intensidade dos raios X DIMINUI à medida que é aumentada a D.F.F., assim como AUMENTA quando é diminuída a D.F.F.. Para que o EFEITO FOTOGRÁFICO não seja alterado, produzindo em conseqüência radiografia “Flou ou Grelhada”, aconselha-se compensar o aumento ou diminuição da D.F.F. com um dos fatores elétricos, de preferência o mAs. A experiência nos tem demonstrado de que compensando-se com o KV, o resultado não é tão satisfatório , principalmente porque é difícil criar-se uma fórmula que defina exatamente a quantidade de KV a ser alterada, a fim de compensar a variação das distâncias. Além disso, compensando-se o mAs, as radiografias apresenta-se mais contrastadas.

A técnica radiográfica, para ser bem sucedida, deve obedecer o seguinte critério:

1 DENSIDADE DA REGIÃO.
2 mAs ADEQUADA À REGIÃO.
3 D.F.F. ADEQUADA AO mAs APLICADO, OU VICE-VERSA.
4 KV DE ACORDO COM ESPESSURA DA REGIÃO E A CONSTANTE DO APARELHO.

EFEITO FOTOGRÁFICO

LEI DO INVERSO DOS QUADRADOS:- O EFEITO FOTOGRÁFICO DOS RAIOS X, É INVERSAMENTE PROPORCIONAL AO QUADRADO DA DISTÂNCIA. Este efeito, onde a radiação cobre uma determinada área, a uma distância de 1,00m do ponto focal por exemplo, tem que se dispersar a fim de cobrir uma área QUATRO VEZES MAIOR, quando a citada distância (do foco ao objeto) passa de 1 para 2,00m; isto porque, consoante à geometria a área da base de uma pirâmide que tenha o dobro da altura de uma semelhante, é QUATRO VEZES MAIOR. Como o feixe de raios X tem o formato de uma pirâmide, pois que seus raios são divergentes, conclui-se que a intensidade da radiação (efeito fotográfico ) é QUATRO VEZES MENOR em um ponto da área correspondente à distância aumentada, igual a área da metade desta distância, representam apenas UMA QUARTA PARTE, sendo que os TRÊS QUARTOS restantes se dispersam. Daí a necessidade de se compensar a perda de intensidade dos raios X.

EFEITO ANÓDICO

O Fator Efeito refere-se ao EFEITO ANÓDICO. Efeito Anódico é o efeito causado pela ligeira diferença da radiação produzida e que atinja a película do lado do catódio com mais intensidade.

As observações e experiências, nos tem mostrado que realmente os raios X produzidos do lado do cátodo são mais intensos.

Quanto menor for D.F.F. e maior a película radiográfica, tanto mais se nota o efeito anódico. Essa diferença de intensidade nos indica a NECESSIDADE DE POSICIONARMOS O PACIENTE, sempre que possível, com a PARTE MENOS ESPESSA PARA O LADO DO ANÓDIO. Desta forma, teremos aproveitado o EFEITO ANÓDICO, conseguindo radiografias com equilíbrio de densidade.

O efeito anódico é bastante notado, principalmente nos exames torácicos de pacientes do sexo feminino, devido à superposição dos seios. Se a colocação do tubo estiver incorreta, ou melhor, se o anódio não estiver do lado de cima, indubitavelmente a radiografia apresentar-se-à defeituosa, com opacidade bastante acentuada na região da base pulmonar, impossibilitando muitas vezes um diagnóstico preciso.

Para saber onde se acham o anódio e o catódio no tubo, observa-se nos terminais dos secundários, onde estão gravados ou pintados os sinais + (positivo), e – (negativo). O POSITIVO (+) é o ânodo e o NEGATIVO (-) é o catódio.

Obrigatoriamente, em todos os aparelhos de raios X, quando o tubo esta a 90 graus (horizontal), o anódio deverá estar do lado de cima.

PRODUÇÃO

Mesmo que se dispense os maiores cuidados no manuseio do aparelho de raios X, é inevitável a tendência do tubo em diminuir sua capacidade de transformação de energias, o que vem dificultar sobremaneira a dosagem exata dos fatores elétricos, dosagem esta indispensável para manter-se o padrão radiológico. Fatores elétricos dosados, é sinônimo de Quilovoltagem e Miliaperagem EQUILIBRADOS. Para manter-se o equilíbrio , quando o tubo diminua sua capacidade de produção tem-se de recorrer às compensações na medida do necessário, a fim de MANTER-SE a uniformidade das radiografias. Aliás, não é tão fácil como apresenta ser, conseguir-se compensações adequadas, precisas, sem o risco de “grelhar” ou deixar “flou”uma radiografia.

Sabemos que os raios X são oriundos do ponto de choque dos elétrons quando caminham em grande velocidade e são detidos bruscamente. A atração e detenção dos elétrons é função do ânodo, que tem em sua extremidade uma placa de tungstênio, metal duríssimo que só se funde a uma temperatura de 3.300C., o único , aliás, que se conhece até o presente momento, capaz de resistir, até um certo ponto, repetimos, porque mesmo sendo um material duríssimo, de alto ponto de fusão, tende a formar estrias ao ponto que se dá o impacto dos elétrons (ponto focal) e quando isto sucede, o ânodo terá diminuído sua capacidade de atração, o que importa na diminuição da produção de raios X, pois os elétrons livres pelo aquecimento do filamento do cátodo, não serão aproveitados em quantidade suficiente, de modo a corresponder plenamente á quilovoltagem aplicada. Neste caso, teremos de recorrer à compensação aumentando alguns quilovolts. O aumento do KV tende a crescer com o decorrer do tempo, visto as estrias se acentuarem mais e mais pelo uso, é claro a placa se metaliza, tornando-se inútil, improdutiva, sendo por conseguinte imperiosa a substituição da ampola.

Com intuito de tornar a placa do anódio mais resistente ao impacto dos elétrons, os fabricantes idealizaram um sistema de ampola dotada do anódio rotativo. O ANÓDIO ROTATIVO, quando é excitado o tubo gira a uma velocidade surpreendente e por ser giratório, apresenta sempre à corrente catódica (feixe eletrônico) uma porção diferente de pontos focais, sendo destarte maior sua capacidade de resistência, em virtude de se aquecer infinitamente menos que os anódios fixos.

Além dos inconvenientes das estrias, o ânodo fixo se aquece em demasia e como sabemos que um corpo aquecido passa a liberar elétrons, é óbvio que nestas condições a atração anódica tornar-se-à bastante reduzida, caindo sensivelmente a produção de raios X. O anódio fixo é por assim dizer, INCONSTANTE; ora produz satisfatoriamente, ora não produz. Durante as primeiras radiografias o tubo se comporta muito bem, porém, depois de aquecido, passa a não corresponder a dosagem dos fatores elétricos aplicados. Já com o ânodo rotativo tal não se dá; sua produção é CONSTANTE da primeira á ultima radiografia, mesmo sendo elevado o número delas. Por isso os raios X produzidos no ânodo rotativo, são considerados melhores que os produzidos no ânodo fixo.
A maioria dos aparelhos atualizados são dotados de ampola com anódio rotativo.

Obtém-se a rotação do anódio por meio de um MOTOR DE INDUÇÃO.

ANGULAÇÃO

O Fator Angulação relaciona-se com a ANGULAÇÃO ou POSIÇÃO do tubo. Quando não se trata de técnica especializada, a angulação do tubo deve ser de maneira que os raios X, ao atravessarem o objeto, atinjam a película em sentido PERPENDICULAR e que o R.C., incida no CENTRO da região a ser radiografada e no centro do filme. Quando o R.C. não incide no centro da região a ser radiografada, o lado que se acha mais distante do mesmo será projetado no filme bastante aumentado, aumento este causado pelos raios divergentes. Os raios mais próximos do R.C. são mais paralelos e consequentemente o lado da região correspondente será projetado na película com menos aumento. Uma radiografia tirada nestas condições, por certo apresentará as linhas do contorno do órgão deformadas, maior de um lado que de outro e a isto podemos chamar de DISTORÇÃO. Procuremos lembrar sempre que: QUANTO MAIS PRÓXIMOS DO RAIO CENTRAL, MAIS PARALELOS SÃO OS RAIOS E QUANTO MAIS DISTANTES, MAIS DIVERGENTES.

ANGULAÇÃO DO TUBO, refere-se à posição do tubo em determinado ÂNGULO, destinado a radiografar limitado órgão ou órgãos de uma região, notadamente do crânio, sem interferência de órgãos vizinhos SOB ou SOBREPOSTOS. Em outras palavras: a angulação do tubo, ou do paciente, em certos casos, destina-se a SUPRIMIR a SUPERPOSIÇÃO de órgãos, para que o órgão desejado se torne mais visível na radiografia.

É evidente que em conseqüência da angulação do tubo, a imagem se revele distorcida porém nestas circunstâncias, a distorção poderá ser considerada normal pelo fato de não haver outra alternativa. A imagem do objeto é projetada na película radiográfica, no sentido da angulação bastante aumentada. Quanto mais é angulado o tubo, maior será a distorção.

Só em casos excepcionais deverá ser angulado o tubo. Fora isso a angulação do tubo deve ser tal que o R.C. incida no centro da região a ser radiografada e no centro do filme e em sentido PERPENDICULAR.

Para se ter um sentido mais exato de que foi exposto, observa-se os esquemas abaixo, onde se notam as distorções, causadas uma pela NÃO centralização do R.C. e outra pela angulação DESNECESSÁRIA do tubo.

No sentido de evitar que as técnicas especializadas venham sofrer variações, em conseqüência de angulações incertas, o tubo é provido de um angulador, à semelhança do Goniômetro, dividido em GRAUS, de 0 do vertical, girando para a direita até 90 horizontal, girando para a esquerda, também até 90 do horizontal.

Tipos de Écrans Intensificadores

Contituem de uma camada de micro cristais de fósforo aglutinados. Toda vez que um cristal de fósforo absorve um foton de raios-x, ele emite  um “jato” de luz. Durante a exposição ocorrem milhares de “jatos” em cada milimetro quadrado.Quanto maior for a intensidade dos raios-x, maior a intensidade de luz emitida.

Os écrans reforçadores são compostos por uma lâmina de cartolina ou plástico cobero por uma camada de cristais.

Tipos de ÉCRANS

  1. Tungstato de cálcio: Serve para filme de luz azul.
  2. Elementos de “TERRAS RARAS”: serve para os filmes de luz  verde e azul.

O termo “Terras Raras” descreve elementos minerais pouco encontrados na natureza:

  • Oxibrometo de Lanthanum;
  • Oxisulfato de Lanthanum térbio ativado;
  • Oxisulfato de Gadolinum térbio ativado;
  • Oxisulfato de Ytrium térbio ativado;

Os écrans de “Terras Raras” tem uma vantagem sobre os écrans convencionais  de Tungstato de cálcio: A Velocidade.

São fabricados para atuar em varios niveis de velocidade,mas sem duvida , são duplamente mais velozes que os de Tungstato de calcio.

As vantagens desses écrans são obtidas, pois sendo mais rapidos, tecnicas radiograficas mais rapidas podem ser empregadas, resultando, portanto, em doses mais baixas. A tecnica radiografica mais baixa tambem resulta no dobro de vida útil da ampola.

Formação de Registro de Imagem

  • Filme Radiográfico

O filme radiográfico é um conversor de imagem. Converte luz em diversos tons de cinza. A quantidade de exposição necessária para produzir uma imagem depende da sensibilidade ou velocidade do filme. A velocidade é escolhida tendo-se em mente dois fatores importantes: exposição do paciente e qualidade daimagem. O filme de alta velocidade reduz a dose no paciente, mas, por outro lado degrada a qualidade da imagem.
A estrutura básica de um filme radiográfico é composto de base, emulsão e camada protetora.

  • Estrutura básica de filmes radiográficos de emulsão simples e dupla

A base é feita geralmente de material plástico transparente (em geral de poliéster) ou acetato de celulose e serve para dar suporte à emulsão. A emulsão e a parte principal do filme. Consiste de uma mistura homogênea de gelatina e sais (brometo de prata).
Atualmente o método mais usado para a obtenção de imagens em radiografia convencional é fazendo uso do sistema tela-filme.

  • Telas Intensificadoras

As telas intensificadoras também são chamadas de écrans (origem francesa da palavra tela). As telas intensificadoras são constituídas por 3 camadas : a base, geralmente de plástico, serve de suporte; a camada fluorescente, que consiste de oxisulfitos de terras raras e uma camada final cuja função é proteger o material fluorescente. Este material
fluorescente tem a propriedade de emitir luz quando irradiado por um feixe de raios X. É esta luz que vai impressionar o filme radiográfico. Apenas cerca de 5 % da imagem será formada pela ação direta dos raios X 95 % será formada pela ação da luz proveniente das telas intensificadoras. Daí resulta seu alto rendimento.
A tela é um conversor de energia. O filme radiográfico é muito mais sensível à luz do que aos raios X, consequentemente o uso da tela possibilita uma substancial redução do tempo de exposição o que acarreta uma diminuição da dose transmitida ao paciente (cerca de 100 vezes !).

Revelação Digital de Filmes Radiograficos

REVELAÇÃO DIGITAL

Lazer
Atualmente em aparelhos de Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética, usam filmes especiais tipo CT, Scanner, Vídeo Imagem, Medicina Nuclear, todos estes de processos rápidos e monobloco, alem de serem utilizados sem Ècrans Fluorescentes. O microcomputador da câmara sincroniza todo o processo, que é semelhante à formação da imagem na tela de um monitor de TV. A câmara recebe imagens de vários postos de trabalho na forma de sinal, transfere para o filme e lança este filme a uma gaveta receptora ou em uma processadora que esteja acoplada.
Os filmes usados são sensíveis a infravermelho e são armazenados na câmara em uma gaveta para sua segurança.

Lazer Dryview
Conhecido também com Dry, este equipamento dispensa os Ècrans utilizados nos Chassis, além de possuir uma processadora que nos permite visualizar a área anatômica do paciente ao qual foi exposta. Sua processadora pode estar em rede, ou seja, não é necessário documentarmos a radiografia, pois a mesma já esta a disposição do Médico, em sua sala, ele sim é quem decidirá se será necessário ou não a documentação da radiografia. A processadora também nos permite ajustes de até 20% de contraste ou latitude antes de enviar a radiografia via rede para o médico. Seu filme é sensível à Luz. É revelado a Lazer e a Alta Temperatura. As documentadoras (reveladoras), possuem uma gaveta na qual encaixamos o chassi para que a película de Fósforo seja retirada e processada, para documentarmos a informação contida nela.
A própria documentadora re-carrega o chassi, para que o mesmo seja utilizado novamente em uma nova radiografia. Suas imagens são muito bem definidas, o que nos fornecem melhores detalhes das áreas solicitadas. Há também possibilidades de arquivamento de exames realizados em CD’S, isso se não houver a necessidade da documentação, ou enquanto o paciente aguarda o laudo médico. Com este equipamento o tempo é diminuído consideravelmente, e a sua margem de erro é de apenas 0,01%, pelo fato de ser digital e nos permitir ajustes se necessários.

Revelação digital por temperatura
São filmes não sensíveis à Luz, onde a processadora só impressiona os filmes do tipo Dry Pix DIAT, e não necessita de Câmara Escura. Sendo totalmente térmica não necessita de químicos no processo de revelação, pois nos filmes não há Haleto de Prata e sim Sais Inorgânicos. Ao disparar o Raios-X, aparece a imagem da área radiografada em um monitor o que também nos permite um reajuste de cerca de 20% na imagem, do contrário do convencional ela permite a visualização e o reajuste do exame e em seguida se necessário a documentação do mesmo. As processadoras possuem monitores para visualização do paciente, seus sistemas de terminais podem ser interligados entre técnicos e médicos.

Processo de Imagem
Após a exposição do paciente, leva-se o chassi digital até a processadora (gaveta) a qual retira as informações contidas no mesmo. Seu chassi possui uma película de Fósforo não sensível à Luz que grava e armazena a informação após a irradiação até que seja documentada. Na revelação digital a perda do filme é de 0,01%, onde são utilizados os filmes DIAT (Temperatura) e DIAL (Lazer/Temperatura).
Nas processadoras convencionais a revelação acontece na seguinte seqüência:

1 – Sensibilizamos o filme;
2 – Documentação;
3 – Verificação.

Já com o sistema digital, acontece da seguinte forma:

1 – Sensibilizamos o filme
2 – Verificamos; Analisamos
3 – Documentamos, se houver necessidade.

Revelação Automática de Filmes Radiograficos

REVELAÇÃO AUTOMÁTICA

A demanda por radiografias fez com que os radiologistas e os departamentos de radiologia fossem desafiados a se tornarem cada vez mais eficientes no uso de instalações disponíveis para produzir radiografias ideais. A revelação automática de filme de Raios-X tem se tornado um grande fator no manuseio com sucesso, deste crescente volume de trabalho. A automatização da revelação é possível graças à combinação de três elementos: Processadoras; Substâncias químicas especiais; Filmes compatíveis. Trabalhando em conjunto, estes elementos oferecem um meio rápido de produzir radiografias adequadamente reveladas.

Interação dos componentes
A essência da revelação automática é a interação controlada do filme, substâncias químicas e processadoras. Para revelar, fixar, lavar e secar uma radiografia no curto tempo disponível no processo automático, requer vários fatores, entre eles substâncias químicas especialmente formuladas e rígido controle das temperaturas da solução, agitação e reforço. As características do filme devem naturalmente ser compatíveis com as condições de revelação com o diminuído tempo de revelação e com o sistema de transporte mecânico.

Processadoras automáticas
O processamento de maneira geral é idêntico, com variações nos tempos seco a seco, de acordo com o tempo há variações de fluxo e temperaturas, é composta de três tanques e um secador, motor condutor, conjuntos de racks, termostatos de controle de temperatura de circulação, de fluxo, de tempo de processamento, etc. A instalação é feita com o corpo no lado de dentro da Câmara Escura (CE) executando algumas “corpo fora da Câmara Escura”. Na parte de dentro da câmara escura, esta localizada a gaveta onde são colocados os filmes para os processamentos, em seguida os filmes são impulsionados pelos roletes dos racks, que são movimentados por um motor central, e são colocados nos tanques que se movimentam em tempos controlados puxando os filmes de seco a seco, revelando, fixando, lavando e secando, o que demora em média de 45, 90, 150 a 180 segundos.

Manutenção das processadoras
Alguns dos procedimentos padrões de manutenção para a adequada operação da processadora, são os seguintes:

  • Freqüente verificação dos níveis de solução, proporção de reforço, temperaturas fornecimento de água e recirculação da solução.
  • Limpeza dos tanques, dos bastidores de revelação, passadores, filtros e tubos de ar do secador. Os depósitos químicos devem ser removidos dos rolos.
  • As soluções de limpezas dos sistemas devem ser utilizadas de acordo com as instruções do fabricante, se houver propagação biológica ela deve ser removida de acordo com as recomendações.
  • Deve-se utilizar bandejas de escorrimento e protetores contra respingos ao se remover ou instalar os bastidores.
  • Trocar os filtros nos sistemas de circulação e nos condutores de água.
  • Ao iniciar o trabalho do ai, sugere-se colocar algumas folhas de filme de limpeza na processadora. Este procedimento ajuda a remover os precipitados, sujeiras e outras substâncias que podem ter sido depositadas nos rolos. Existem filmes de limpezas para os rolos de transporte fabricados com esta finalidade.

Sistemas dos processos automáticos
As processadoras automáticas incorporam vários sistemas, os quais transportam, revelam e secam o filme, alem de reforçar e recircular as soluções de revelação.

Sistemas de transportes

  • Tem a função de transportar o filme através das soluções do revelador e do fixador e pelas seções de lavagem e secagem.
  • Mantém o filme em cada etapa do ciclo de revelação durante o exato tempo requerido.
  • E também, produz uma radiografia pronta pra ser analisada.

O filme é transportado por um sistema de rolos que funcionam por um motor de velocidade constante.
O sistema, ainda desempenha duas outras funções importantes para a rápida produção de radiografias de alta qualidade.
Em primeiro lugar, os rolos produzem agitação vigorosa e uniforme das soluções na superfície dos filmes, o que contribui pra a uniformidade da revelação.
Em segundo lugar, a ação espremedora dos últimos rolos remove a maioria das soluções do filme, reduzindo as substâncias, prolongando a vida do fixador e aumentando a eficiência da lavagem.

Sistema de água
O sistema de água na maioria dos reveladores tem duas funções: lavar o filme e ajudar a estabilizar a temperatura das soluções de revelação. A água temperada (fria e quente) passa por um regulador de fluxo que mantém um fluxo de água adequado e constante. Dependendo da processadora parte ou toda a água é usada para ajudar a controlar a temperatura do revelador. Em outras ajuda a regular também a temperatura do fixador. O controle adequado da temperatura do revelador e lavagem do filme é feito com água de diversas temperaturas.

Sistema de Recirculação

A recirculação das soluções do fixador e do revelador, desempenham as funções de misturar uniformemente as soluções de revelação e reforço, ajudando a manter a temperatura adequada e a atividade química, e também mantém as soluções misturadas e agitadas em constante contato com o filme. A recirculação da solução do fixador é semelhante a do revelador, com a diferença de que a temperatura do fixador pode ser controlada pela temperatura do revelador ao invés de um ter um regulador separado.

Sistemas de reforços
Sem o reforço a atividade química das soluções de revelação diminuiria com o seu uso. O reforço exato é essencial para a revelação adequada do filme para prolongar a vida das soluções de revelação. Além do mais em uma processadora automática, se as soluções não forem devidamente reforçadas, o filme pode não secar e nem ser transportado corretamente. O reforço é misturado nas soluções da processadora através de bombas de recirculação. As quantidades de reforço devem ser ajustadas e verificadas periodicamente. O reforço excessivo do revelador pode resultar em baixo contraste e menor densidade máxima, o reforço insuficiente resulta em ganho de velocidade e contraste, mas o bastante escasso resulta na perda dos dois.

Sistema de secagem
A rápida secagem da radiografia revelada depende do adequado condicionamento do filme nas soluções de revelação, da remoção eficiente da umidade da superfície pelos rolos espremedores e do bom fornecimento de ar morno, que atinge ambas as superfícies da radiografia. O ar quente é fornecido para a seção do secador através de um compressor. A maioria do ar morno é re-circulados, o resto é ventilado para evitar a acumulação excessiva de umidade no secador e ar fresco é aspirado para dentro do sistema em substituição ao ar ventilado. Estes são os principais sistemas da revelação automática. É o meio pelo qual se efetua o meticuloso controle de revelação dia após dia. Entretanto, estes sistemas não podem por si só produzir radiografias de qualidade, prontas para serem analisadas.

Química de revelação automática
A revelação automática não é simplesmente a mecanização da revelação manual, mas sim processo que depende da revelação entre a mecânica, as substâncias químicas e o filme. Para responder as necessidades e condições especificas da revelação automática foram desenvolvidas substâncias químicas especiais.

Substâncias químicas da revelação automática
a revelação automática impõe requisitos bem diferentes nas substâncias químicas. Revelar e fixar as imagens, as substâncias químicas de revelação devem evitar a excessiva dilatação, resvalamento ou pegajosidade da emulsão e devem permitir que o filme seja lavado e secado rapidamente. Em processadoras automáticas, se um filme se tornar escorregadio, pode atrasar-se no sistema de transporte de maneiras que os filmes que o seguem o alcancem e sobreponham-se a ele; ou pode tornar-se tão pegajoso que fica grudando e enrolado em um dos rolos. Se a emulsão se torna macia ela pode ser danificada pelos rolos. A melhor maneira de se controlar as variações das propriedades físicas do filme é através de substâncias químicas especiais. Para simplificar e para melhor beneficio possível de um departamento de radiologia a revelação deve ser rápida.

Alimentação do filme – Processadoras automáticas
As folhas de filmes devem ser colocadas na processadora automática de acordo com o diagrama fornecido pelo fabricante do equipamento. Filmes de tamanhos menores do que o recomendado, podem ser colocados na processadora somente após terem sido afixados com fita adesiva. Esta fita deve ser imune as soluções e temperaturas da processadora e seu lado adesivo não deve ser exposto. Uma leve pressão no rolo, assim que este é colocado na processadora, mantém o filme corretamente alimentado. Este procedimento impede qualquer agrupamento no sistema de rolos, que possa ocorrer se o filem se desviar. Para evitar arranhões ou quaisquer outros tipos de danos, devido ao manuseio, enrole o filem em carretel assim que ele surge da secção de secagem do revelador. As vezes surgem alguns problemas devido as aplicações deliberadas pelos usuários de condições de revelação diferente das recomendadas pelos fabricantes. Por exemplo é possível aumentar a velocidade e o contraste de um filme através de sua revelação a uma temperatura mais elevada do que a recomendada pelo fabricante, ou é possível aumentar a latitude de um filme através de uma revelação em soluções que não foram recomendadas. As recomendações dos fabricantes são meio-termos feitos para oferecer margens de tolerâncias para variedades de possibilidades. É importante lembrar que as mudanças nas condições de revelação, poderão trazer grandes efeitos na imagem radiológica e que o controle cuidadoso das condições de revelação é essencial para se obter qualidade radiográfica constante.

Controle de qualidade
O uso de um programa de controle de qualidade não irá somente fornecer uma reprodutibilidade, mas também dará ao usuário uma confiança no sistema de controle de exposição, que forem estabelecidas. Para que alcancem estes dois objetivos (reprodutibilidade e confiança), deverá ser estabelecido um tempo determinado para o uso dos químicos para que os mesmos não venham influenciar nas radiografias. Uma vez que foi estabelecido um programa de controle de qualidade para a revelação será mais fácil manter uma produtividade com qualidade radiográfica uniforme, por que as variações desta fonte serão reduzidas. O propósito de um programa de controle de qualidade é o de manter sempre radiografias excelentes, mas o que consiste na excelência de uma radiografia é uma questão subjetiva. Estabelecer o controle de qualidade deve-se estabelecer os critérios fundamentais, juntamente com a margem de tolerância para os fatores técnicos sendo monitorados. Estes critérios devem ser determinados e baseados nas necessidades diagnosticas do radiologista.

Revelação Manual de Filmes Radiograficos

REVELAÇÃO MANUAL

Tempo e Temperatura
A revelação para filmes de Raios-X são mais eficientes quando usadas dentro de um limite de temperatura (temperatura ideal 21ºC). Em temperaturas abaixo da recomendada, algumas das substâncias químicas claramente atrasam sua atividade e podem causar uma revelação insuficiente e uma fixação inadequada. Temperaturas acima da recomendada a atividade é muito alta para o controle da revelação manual. A temperatura de revelação prescrita pelo fabricante é geralmente recomendada por várias razões.

  • Primeiro: se obtêm o bom desempenho sensitométrico do filme, isto é, o contraste e a velocidade do filme são satisfatórios e o véu é mantido a um nível aceitável.
  • Segundo: a revelação se processa em tempo conveniente.
  • Terceiro: com dispositivos modernos de preparar soluções, a temperatura é geralmente mantida.

Manter as soluções na temperatura recomendada fará com que o usuário possa obter as melhores características sensitométricas e também terá a vantagem de um tempo padrão de revelação, fixação e lavagem. A revelação por tempo e temperatura é mais preferível do que a revelação por simples observação a qual na realidade requer mais atenção, habilidades e critérios. Quando os tempos e as temperaturas são cuidadosamente correlacionados, conforme recomendado pelo fabricante, qualquer falta de densidade na radiografia pode ser atribuída a subexposição demasiada em vez da revelação excessiva. Este fato é importante ao se determinar os ajustes na exposição.

Reforço para revelação manual
A atividade de um revelador não reforçado diminui gradualmente devido à exaustão. Mesmo quando o revelador não esta sendo usado, a atividade pode diminuir vagarosamente por causa da oxidação do agente revelador pelo ar. Esta exaustão, se não for contra-balanceada, gradualmente resultará em revelação deficiente e afetará o contraste e a velocidade de modo adverso. A melhor forma de se compensar estas perdas é o uso do sistema onde a atividade e os volumes da solução são mantidos através de um reforço químico adequado. O sistema de reforço é eficaz e simples só é preciso adicionar uma solução ao revelador original pra compensar a perda da atividade e assim permitir um tempo constante de revelação. O reforço desempenha a dupla função de manter o nível liquido no tanque e de manter a atividade da solução. Co este método, os filmes devem ser removidos rapidamente do revelador sem permitir que o excesso de solução escorra de volta para o tanque. Em todos os casos a solução deve ser jogada fora ao final de três meses, por causa da oxidação pelo ar, e o acumulo de gelatina, sedimentos e impurezas do mecanismo que acabam infiltrando na solução.

Procedimentos
No que diz respeito aos procedimentos seguidos na revelação manual, certifique-se de consultar as recomendações do fabricante, uma vez que elas podem variar de produto a outro. Primeiramente, usando diferentes espátulas, misture bem as soluções pra igualar a temperatura e a atividade química em todos os tanques. Em seguida, determine as temperaturas das soluções. Logo após, baseando-se no tempo e na temperatura da solução do revelador, ajuste o cronômetro para intervalos adequados. Mergulhe imediatamente o filme no revelador e golpeie levemente a colgadura contra a parede do tanque para remover as bolhas de ar da superfície do filme. Alguns filmes não devem ser removidos durante a agitação. É aconselhável escorrer o filme no espaço entre os tanques ao invés de colocar o filme não escorrido diretamente no próximo tanque, desta forma prolongando a vida das soluções.

Enxágüe
Após o filme ter sido revelado, deve ser mergulhado em um banho enxaguador de água corrente límpida ou ainda em uma solução de banho interruptor. O tempo mínimo para o enxágüe ou banho interruptor é de aproximadamente 30 segundos. As temperaturas de todas as soluções devem ser mantidas próximas da emulsão. Após o enxágüe, o filme deve ser novamente escorrido de maneira que a menor quantidade possível de liquido seja transferida para o fixador.

Lavagem
Os filmes devem ser devidamente lavados para se remover as substâncias químicas da emulsão. Para evitar uma eventual descoloração e desbotamento da imagem. São necessários, uma boa quantidade de água corrente e límpida, a qual deve fluir de tal forma que ambas as superfície de cada filme receberam água fresca continuamente. O tempo requerido pra uma adequada lavagem, depende da temperatura da água, da sua qualidade, do ritmo do fluxo e turbulência da água, do tipo de filme e de certa forma do tipo do fixador. Deve-se seguir as recomendações do fabricante quanto ao tempo de lavagem, que é freqüentemente entre 5 a 30 minutos. Os filmes de “exposição direta” requerem um maior tempo de lavagem, por que sua emulsão tende a ser mais pesada. A lavagem deve ser cronometrada a partir do mergulho do ultimo filme na água, porque os filmes lavados ou parcialmente lavados não só absorverão as substâncias químicas do fixador das águas contaminadas como também liberarão estas substâncias na água renovada. Assim, conforme mais filmes são adicionados ao tanque, os filmes podem ser movidos progressivamente na direção contra a corrente para perto da entrada de água de maneira que os filmes prontos sejam lavados na água mais límpida e recente. A lavagem será mais eficaz se for feita através de um sistema de cascata no qual a água flui através de dois ou mais tanques pequenos em vez de um tanque grande. Deve-se deixar o filme descansando por dois a três segundos após ser retirado da água.

Agente umedecedor
Com o objetivo de evitar marcas de água e secagem na radiografia e de acelerar a secagem, enxágüe por cerca de 30 segundos em um agente umedecedor após ter sido retirado da água da lavagem. O agente reduz a tensão da superfície da água no filme evitando a formação de gotículas de água, que deixam marcas quando secas.

Secagem
É a etapa mais simples da revelação, e também bastante importante. A secagem indevidamente realizada pode resultar em marcas de água ou deteorização da gelatina devido à excessiva temperatura. As temperaturas de secagens devem ser rigorosamente seguidas pelas recomendações do fabricante. Tem a função de trazer ao estado normal a emulsão de modo uniforme, limpo e dentro de um intervalo de tempo razoável, nesta fase podem acontecer defeitos, como deposição de pó ou fios na emulsão, presença de pequenas gotas d’água causando manchas e falta de espaçamento entre as películas grudando umas nas outras. Para evitarmos estes defeitos, após a lavagem devemos imergir o filem em uma solução que contenha agente umedecedor, diminuindo a tensão superficial, reduzindo o risco de que a água seque de forma desigual. Os secadores consistem em uma cabine na qual a umidade é retirada do ar através de substâncias químicas e o ar dês-umedecedor é re-circulado sobre o filme. Assim que estiverem secos, os filmes devem ser retirados do secador para evitar que se torne quebradiço e deve-se cortar as pontas para retirar as marcas dos grampos. As radiografias podem ser penduradas para secar em bastidores em uma área livre. Independente dos métodos usados para a secagem, os filmes devem estar bem separados uns dos outros, pois se entrarem em contato durante a secagem, eles podem apresentar marcas de secagem ou podem grudar-se uns aos outros.

Aparelho de Raios-x (Arco Cirúrgico) “Arco em C”

Arco cAparelho irúrgico de raio-x tipo arco c, é um aparelho com emissão de radiações ionizantes do tipo raio-x, capacitado para radiografia e Fluoroscopia, composto por arco c montado sobre rodízios, gerador de raio-x, tubo de raio-x, colimador, unidade de comando, intensificador de imagem e sistema de TV com suporte móvel, com Subtração digital de imagens.Aparelho para aplicação em centro Cirúrgico, cirurgia vascular, ortopédica e exames de angiografia, possibilidade de fluoroscopia pulsada e continua e modo de Radiografia direta e digital, com ajuste de kv, ma, mas corrente vezes Tempo, seleção dos três tamanhos do campo de intensificador de imagens sendo que um dos campos deve ter diâmetro aproximado de 9 polegadas, seleção de fluoroscopia pulsada, continua e Manual, aquisição simples e seqüencial de imagens, ajuste de modo Radiográfico ou fluoroscopia, capacidade de congelamento da Ultima imagem, memória RAM com capacidade mínima de armazenamento de 8 imagens digitais, sistema dicom storage e print, Armazenamento e impressão, armazenamento e visualização de cine loop digital. Indicadores visuais com valor selecionado para ma, Valor selecionado para kv, valor selecionado mas corrente vezes Tempo, tempo de fluoroscopia, equipamento em operação.

Tubo de Raio x anodo giratório de no mínimo 10 kw/ 300 khu ou superior de Capacidade térmica, ou anodo fixo de no mínimo 2,5kw / 100 khu ou Superior de capacidade térmica; com foco duplo, com controle Automático, potencia, corrente e capacidade térmica de Aquecimento e resfriamento compatíveis com o gerador de raio x, Colimação filtragem total de raio x de, no mínimo, 2.5 mmal.

Intensificador de imagem com campo triplo, sendo o maior, com Dimensão mínima de 9 polegadas. Câmera de video do tipo ccd, resolução mínima de 525 linhas horizontais. 02 monitores de lcd dimensão mínima de 16 polegadas, definição e resolução mínima Compatível com câmera de video, monitoração simultânea da Imagem congelada em tempo real. Proteção térmica e de sobre Corrente para o tubo de raio-x, bloqueio de disparo para valores programados que excedem a potencia do tubo.

Características elétricas gerador de raio-x: tipo alta freqüência, com controle Microprocessador, tensão de saída máxima, de pelo menos 125 kv, Corrente de saída de pelo menos 80 ma para o modo radiografia, Compensação automática das flutuações da rede elétrica, tensão de alimentação 220 vac, freqüência de alimentação 60 hz, 01 cabo de Alimentação de 3 pinos fase, neutro e terra. Características mecânicas estrutura sobre rodízios com sistema de frenagem e pintura eletrostática anti-corrosiva, características do arco c Abertura mínima de 60cm, profundidade mínima de 50cm, Deslocamento horizontal mínimo de 20cm, deslocamento vertical 40cm, rotação orbital mínima 100 graus, rotação pivotante mínima: 360 graus, cabo disparador.

Acessórios 01programa software para Visualização , medições e cálculos vasculares, 01 programa Software de subtração digital de imagens em tempo real e Roadmapping, 03 três pares de protetores tubo raios-x, arco e Intensificador autoclavaveis, 01 suporte com capacidade para os Dois monitores com rodízios para locomoção dos equipamentos, 01 Video printer, para impressão de imagens de video, 01 hd com capacidade mínima de armazenamento de 5000 imagens, 01 gravador de cd ou dvd com capacidade para armazenar imagens estáticas e dinamicas em formato dicom, no mínimo, 01 teclado alfanumérico para inclusão de números e textos.

A origem da profissão de técnico de radiologia no Brasil.

O sonho dos Técnicos em Radiologia do Brasil tornou-se realidade, esta gloriosa iniciou-se em 1975 quando o Deputado Federal Dr. Gomes do Amaral deu entrada na Câmara dos Deputados Federais, após muitas lutas com ida e volta do Processo, foi aprovado pela Câmara dos Deputados Federais, encaminhando para o Congresso Federal, onde iniciamos o trabalho, pontificando-se a figura do Sr. Jair Pereira da Silva, presidente da Associação dos Técnicos do Estado de Goiás, que politicamente conseguiu amizades com as mais iminentes figuras da Política local e de Brasília, principalmente o Sr. Senador da República Henrique Santílo e seus assessores diretos, custou a Jaír 5 anos de trabalho sem esmorecimento com viagens à Brasília com prejuízos particulares,problemas com família além de gastos acima de 22 milhões de cruzeiros sem ajuda da Associação do seu Estado em algumas vezes, no mais os gastos foram sempre pessoais, os gastos foram com viagens, estadias, alimentação, telefonemas, papéis, honorários Advocatícios, combustível, etc. No ano de 1980 até a presente data foi à Brasília mais de 70 vezes num total de mais de 40 mil kilômetros, além das viagens à São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador e outras cidades onde efetuou palestras sobre a Profissão e a luta contínua, já tendo indicado os trabalhos das minutas do Projeto que regulamente à Lei 7.394, que foi sancionada pelo Excelentíssimo Senhor Presidente da República Dr. José Sarney e pelo Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho Dr. Almir Pazzianoto dia 29 de outubro de 1985.
O Projeto foi entregue e protocolado no Ministério do Trabalho dia 28 de Novembro de 1985 pelos srs. Jaír Pereira da Silva e Aristides Negretti – Presidente da FATREB. O trabalho de execução da minuta Jair com algumas ajudas do Departamento Jurídico Trabalhista do PMDB Goiano e pelo colega Donato Durão de Brasília, o referido ante-Projeto após estudado pelo M. do Trabalho vai para sanção do Presidente da República (vai implantar o Conselho Federal e Regionais dos Técnicos em Radiologia do Brasil) formação de Escolas de acordo com a Lei aprovada.
Após tanto trabalho e sacrifício e até vexames cruêntes, – só nos resta que a Família dos Técnicos em Radiologia do Brasil lhe extenda as mãos na maior gratidão possível.