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Desmistificando a radiação para fins diagnósticos

Um dos grandes desafios de compreensão que circundam a vida da maioria das pessoas é a radiação – um conceito raramente compreendido que tem o poder de aterrorizar desconhecedores e quase sempre é associado com o mal do século: o câncer. Hoje, o portal Dicas de Radiologia veio trazer para seus leitores a visão profissional de o que é a radiação e explicar de forma simplificada com o objetivo de desconstruir o temor e mostrar que ela está presente até nos mais importantes detalhes de sua vida. Fique ligado.

Créditos na imagem

 

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Ressonância Magnética (Parte 1)

Fonte: Telemedicina Morsch

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Os exames de diagnóstico por imagem, como raios-X, tomografia e ressonância magnética, possibilitaram que os médicos tivessem uma visibilidade com mais definição das estruturas internas dos órgãos.

Condições patológicas antes nem imaginadas que acomete cada paciente, agora esclarecidas, garantindo, por consequência, tratamentos mais eficientes. A redução da mortalidade é nítida para quem tem acesso ao exame.

A medicina evolui junto com a tecnologia, isso permite o constante lançamento de novos exames com mais qualidade e menos risco para os pacientes.

Atualmente, com a telemedicina, eles ganham um alcance ainda maior. Vamos acompanhar nesse artigo tudo sobre o exame e seus benefícios.

O que é Ressonância Magnética?

ressonância magnética é um exame de diagnóstico por imagem que consegue criar imagens de alta definição dos órgãos internos através da utilização de campo magnético.

A agitação das moléculas gerada pelo campo é captada pelo aparelho e transferido para um computador que foi preparado com uma série de fórmulas matemáticas e com isso, o resultado dos cálculos é decodificado em imagem, sem prejuízo ao paciente.

ressonância magnética não utiliza radiação ioniazante, porém uma vez que o aparelho tem um potente campo magnético é preciso tomar cuidado para não utilizar elementos metálicos durante o exame como: jóias, objetos metálicos, maquiagem e placas utilizadas por ortopedistas para fixação dos ossos ou até mesmo marcapassos mais antigos.

História da ressonância magnética

As primeiras pesquisas envolvendo a ressonância magnética foram publicadas na década de 50, especialmente por dois grupos de pesquisadores que trabalhavam separadamente. Um deles era liderado por Felix Bloch, na Universidade de Stanford, e o outro era comandado por Edward Purcell, em Harvard.

Os dois estudiosos ganharam o Prêmio Nobel de Física em 1952, reconhecidos pela descoberta de que o núcleo atômico, realizando um movimento de rotação em uma faixa de radiofrequência, é capaz de emitir um sinal detectável por um receptor de rádio.

Com base nesse princípio, a ressonância magnética, cujo nome completo é ressonância nuclear magnética, funciona por meio da criação de um campo magnético e de ondas de radiofrequência que atravessam o corpo do paciente, ao captar as ondas é possível obter informações detalhadas a respeito de órgãos e tecidos internos, tudo isso com imagens de alta definição.

Esse exame foi realizado pela primeira vez em 3 de julho de 1977, mas levou cinco horas para que uma imagem fosse finalmente gerada. E mesmo assim, sua qualidade era bastante baixa, especialmente se comparada às que são obtidas hoje em dia.

 

O envelhecimento na perspectiva do cuidador de idosos

Fonte: Garbin, Cléa Adas SalibaSUMIDA, Doris Hissako ; MOIMAZ, S. A. S. ; PRADO, Rosana Leal Do ; Silva, Milene Moreira da . O envelhecimento na perspectiva do cuidador de idosos. Ciência e Saúde Coletiva (Impresso), v. 15, p. 2941-2948, 2010.

Com o avançar da idade surgem sensíveis altera- ções no estilo de vida da população idosa, por problemas de saúde ou mesmo pelo processo fisiológico do envelhecimento, que se configura como um processo múltiplo e desigual de comprometimento e decadência das funções que caracterizam o organismo vivo em razão do tempo de vida .

O aumento da expectativa de vida e a diminuição da taxa de mortalidade representam um fenômeno mundial atualmente, acarretando o envelhecimento populacional e trazendo profundas consequências para as políticas sociais, representando um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea.

No Brasil esse quadro não é diferente, e hoje o país já conta com mais de 14,5 milhões de idosos4 . Nessa perspectiva, estimativas indicam-no como sexto colocado em termos de população idosa no ano de 2025, com mais de 30 milhões de habitantes acima de sessenta anos.

As mudanças advindas da terceira idade levam os idosos, em muitos casos, a necessitar de alguém para auxiliá-los em atividades que antes pareciam de simples execução. Dessa necessidade surge a figura de cuidador de idosos, que em muitos casos passa-nos sob um olhar desatento e sem a devida capacitação, resultando em desgaste tanto para o ser cuidado quanto para o cuidador. Entretanto, hoje no país, pouco se conhece do impacto, sobre o sistema de saúde, de idosos que estão dependentes e necessitam de um cuidador. No Brasil, o cuidador não tem seu papel reconhecido, e tal lacuna é um fator a mais a ser considerado no planejamento de políticas públicas de saúde para idosos. Néri e Sommerhalder6 apontam a existência de uma incapacidade funcional como determinante da necessidade de um cuidador. Em países desenvolvidos, a figura do cuidador já é assimilada como parceira da equipe de saúde. Na Inglaterra, estima-se que mais de seis milhões de pessoas sejam cuidadores de indivíduos dependentes, em sua maioria idosos .

Sabe-se que essa parcela da população requer uma atenção especial em razão das condições sociais, mentais, físicas e afetivas nas quais vivem, em muitas das vezes situações de total abandono social8 . Portanto, pessoas que enveredam por essa área de atuação submetem-se, algumas vezes, a condições extremas de desgaste não só físico como emocional. Por isso, é de grande importância uma boa formação técnica fundamentada não só em conceitos teóricos como também em aspectos humanos e éticos.

Pouco se conhece sobre o perfil de cuidadores de idosos, suas necessidades, sua formação. A urgência de se estruturar uma equipe multidisciplinar qualificada com amplo conhecimento geriátrico e gerontológico é iminente, na busca da melhoria da qualidade de vida dos idosos institucionalizados. Este estudo se propõe relatar a percepção dos cuidadores de idosos que atuam em três instituições de amparo ao idoso na cidade de Araçatuba, São Paulo, em relação ao envelhecimento, suas motivações pessoais em buscar trabalho com essa parcela da população, seu relacionamento com o idoso, suas dificuldades durante o trabalho e a satisfação encontrada junto ao idoso.

Parte II

Ao analisar o relato gravado de todos os cuidadores, foram elaborados os discursos do sujeito coletivo de cada questão. Quando os profissionais (cuidadores) foram questionados sobre o significado de envelhecer, surgiram duas ideias centrais, indicando aspectos positivos e negativos do envelhecimento.

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 Eu costumo dizer que envelhecer é alguém na vida que tem muita experiência, sabedoria, é chegar numa idade avançada com saúde, mesmo velhinho fazendo tudo! É a realização de alguma coisa que você planejou, de bebê passa para criança, de criança pra adolescente, de adolescente para maior idade e daí, envelhecimento. É chegar numa idade feliz.

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Gostaria de não envelhecer, vai perdendo as forças, enfraquecendo. É um processo que não tem como evitar, da vida, que indica que o tempo chegou e nem sempre tem o amparo dos familiares. É difícil, humilhante, muito triste.

O primeiro tema explorado no DSC coincide com a opinião de Brunetti e Montenegro10, acreditando que o idoso ainda pode ser útil à sociedade com a experiência que acumulou durante a vida.

É possível ter saúde na terceira idade, com isso pode-se desfrutar do que a vida ainda proporciona, respeitando os limites do corpo, claro, porém não excluindo a chance de fazer o que lhe dá prazer. Borini e Cintra  ressalvam que participar das atividades de lazer em grupos de terceira idade representa a saída do fundo do poço, traz um sentido para a vida e o próprio renascimento. Então, usufruir de todos os avanços médico-tecnológicos e mesmo da própria mudança de conceitos da sociedade é uma forma de envelhecer com saúde, alegria e bem-estar, excluindo a imagem estereotipada de que com o envelhecimento o idoso fica acamado, à margem da sociedade.

Hazell et al. afirmam que exercícios físicos de resistência para adultos de maior idade, acompanhados de um profissional, são efetivos no aumento da força muscular, o que melhora a atuação dos idosos nas atividades diárias de vida. Isto quer dizer que se o idoso faz algum tipo de exercício físico diário, de preferência orientado por um profissional, ele não vai enfraquecer, pelo contrário: vai manter-se forte o suficiente para realizar suas atividades rotineiras e até outras, como a dança, por exemplo, o que lhe proporciona saúde e bem-estar e, consequentemente, melhoria na autoestima.

É certo que sexo, escolaridade, renda, proximidade com amigos e vizinhos, solidão, qualidade efetiva em relação à família, atividades de lazer, alimentação, cuidado corporal, deambula- ção, motilidade, estado mental, humor, acuidade visual, atividades domiciliares e extradomiciliares são variáveis que se mostram associadas à dependência dos idosos nos aspectos psicossociais e econômicos, aspectos emocionais e atividade de lazer e aspectos fisiopatológicos, como encontrado por Leite. O aspecto psicológico deve ser muito bem trabalhado com o idoso, pois muitas vezes existem, de fato, o abandono da família e a solidão, o que pode acarretam um estado depressivo. Segundo Irigaray e Schneider, a depressão é um dos problemas psiquiátricos mais comuns e importantes em idosos e caracteriza–se como um distúrbio da área afetiva ou do humor, que exerce forte impacto funcional em qualquer faixa etária. É de natureza multifatorial, que envolve numerosos aspectos de ordem biológica, psicológica e social, e vivenciada muitas vezes como tristeza, saudade, angústia e desânimo. No entanto, não é necessariamente uma morbidade integrante da velhice.

De nada adianta a família internar o idoso na melhor instituição de terceira idade se a saúde mental do ancião não é preservada. A saúde mental interfere muito na saúde geral, ao passo que, por mais que o idoso apresente todas as condi- ções de ter uma vida saudável e segura, se ele não tem carinho, diversão, emoção e alegria, não tem ânimo para desfrutar de nada. Essa é a situação que os cuidadores de idosos deste estudo observam de perto a cada dia de serviço. Eles têm a percepção de que a tristeza, a solidão e o abandono não permitem que dias ensolarados sejam bem aproveitados, que as flores do jardim tenham beleza e que o palhaço do circo tenha sua graça para o idoso esquecido, principalmente porque é dessa forma “triste e humilhante” que esses profissionais consideram o envelhecimento. A falta de ânimo leva o idoso a se abandonar, até o ponto de recusar a higiene do próprio corpo.

Mas existem tratamentos assistidos por profissionais que podem ajudar a envelhecer sem se ficar deprimido. De acordo com Moraes et al., a prática de exercícios físicos por indivíduos idosos depressivos sem comorbidades é capaz de promover a prevenção e a redução dos sintomas depressivos. Ou seja: a tristeza, a depressão, a solidão e a falta de exercícios físicos são fatores dependentes da força de vontade de cada individuo. Porém, em casos de pensamentos pejorativos, o idoso pode ser assistido por profissionais, tais como psicólogo, psiquiatra, fisioterapeuta, personal trainer, cirurgião-dentista, entre outros, para reverter o quadro e envelhecer com bemestar e qualidade de vida.

Um passeio matinal ou uma atividade artesanal acompanhados de pessoas queridas, brincadeiras com crianças e animais de estimação podem elevar o ponteiro da felicidade e isso garante a satisfação e o ânimo em viver, isto é: assim que se observa um comportamento pejorativo no ancião, deve-se estimulá-lo a realizar atividades que lhe proporcionem prazer e alegria, e esse estí mulo funciona melhor quando é dado por alguém por quem o idoso tenha muita estima. Alguns dos cuidadores entrevistados tentam preencher esse vazio, em um curto e raro tempo de folga durante o serviço. Em algumas das instituições-alvo desta pesquisa, foi possível observar que as atividades de lazer são mais frequentes e mais intensas; em outras, a visita de pessoas do terceiro setor (voluntariado), bem como o empenho delas em praticar artesanato e lazer com os internos, é o que mais lhes proporciona o bem-estar.

Em 2004, Gazalle et al. já alertavam que a depressão nos idosos era pouco investigada em ambientes clínicos e sugeriam que os médicos ficassem mais atentos aos sinais da doença e recebessem treinamento adequado no monitoramento de depressão nesse grupo etário. Mas além da depressão, as alterações fisiológicas, psicológicas, sociais e até as alterações de memória podem ser observadas diariamente no cuidado do idoso. Assim, é importante que o cuidador de idoso tenha principalmente habilidade e satisfação em trabalhar com o ancião, pois caso contrário não tem sensibilidade suficiente para enxergar e compreender tal situação, tampouco de observar a necessidade de cuidados específicos ou indicar profissionais especializados. Não ter noção do que é envelhecer é vendar os olhos para si no futuro. Talvez seja por essa suposta falta de interesse pessoal que, ao serem questionados sobre as maiores dificuldades do envelhecimento, os cuidadores tenham enfatizado as dificuldades físicas, psicológicas e aquelas encontradas durante o cuidado com o idoso.

 

Classificação BI-RADS

Classificação BI-RADS

A Classificação BI-RADS é uma escala numérica que vai de 0 até 6, que serve para a classificação de risco de malignidade dos achados mamográficos. O uso do BI-RADS pode facilitar a compreensão, entre os não-radiologistas e mastologistas, do significado clínico do achado radiológico. Na prática clínica diária, o BI-RADS fornecido pelo radiologista é uma ferramenta importante para separar as lesões consideradas benignas, as malignas e as suspeitas.

A categoria BI-RADS zero é utilizada em mamografias de rastreamento quando imagens adicionais são necessárias ou quando é necessária a comparação a exames prévios, ou seja, trata-se de exames onde não é possível se chegar a uma conclusão efetiva.

A categoria BI-RADS 1 significa mamografia negativa. Não são necessários comentários adicionais. As mamas são simétricas, sem massas, distorções de arquitetura ou calcificações suspeitas.

A categoria BI-RADS 2 significa mamografia negativa, com achados benignos. Em relação ao risco de câncer, é idêntica à categoria BI-RADS 1, mas nela, o radiologista opta por descrever achados benignos característicos, cujo grau de precisão de diagnóstico através da mamografia é grande.

A categoria BI-RADS 3 é utilizada nas avaliações cujo resultado é “provavelmente benigna”. Essa categoria não deve ser utilizada como um sinônimo de exame indeterminado. As lesões que fazem parte dessa categoria mamográfica devem ter, no máximo, 2% de risco de malignidade. Nessa categoria incluem-muitas das lesões encontradas em primeiras mamografias ou em mamografias que não têm exame prévio para comparação.

A categoria BI-RADS 4, lesão suspeita, inclui lesões na mama que necessitam de avaliação histológica ou citológica adicional. Com o grande número de lesões que é abrigada nessa categoria, foram desenvolvidas subcategorias adicionais.

Categoria 4A: nessa categoria incluem-se lesões que necessitam de intervenção mas cujo grau de suspeição é baixo.

Categoria 4B: nessa categoria estão as lesões de grau intermediário de suspeição. As lesões nessa categoria necessitam de correlação histopatológica. Caso o resultado seja benigno, é necessária a concordância entre os membros da equipe envolvidos no diagnóstico.

Categoria 4C: nessa categoria estão os achados de grau moderado, mas não clássicos (BI-RADS 5) de neoplasia.

A categoria BI-RADS 5 é representada por lesões cujo resultado anátomo-patológico, salvo exceções, é o de carcinoma de mama. Nessa categoria, mais do que 95% das lesões representam câncer de mama, e os achados radiológicos são os característicos das descrição clássica do câncer de mama.

A categoria BI-RADS 6 é definida para achados mamográficos já biopsiados cujo diagnóstico anátomo-patológico é de câncer de mama, antes da terapia definitiva.

Segundos dados da CEPEM (Centro de estudos e pesquisa da mulher) , o percentual de risco para cada categoria é:

  •  0% para as categorias 1 e 2
  • <2% para categoria 3
  • >2% e <10% para a categoria 4 A (baixo grau de suspeição)
  • >10% e <50% para a categoria 4B ( moderado grau de suspeição)
  • >50% e <95% para a categoria 4C (alto grau de suspeição)
  • >95% para a categoria 5 ( grau de suspeição extremamente alto)
  • 100% para categoria 6 (diagnóstico de câncer já confirmado)

Ultrassom focalizado associado à Ressonância Magnética

O ultrassom focalizado associado à ressonância magnética é um método de tratamento não invasivo para miomas uterinos, tumores benignos que se desenvolvem no útero de aproximadamente 25% das mulheres, por várias vezes estes miomas se apresentam de forma assintomática, ou com cólicas e sangramentos, dependendo de seu tamanho e localização podem ainda causar obstruções que impedem a gravidez.

Normalmente o tratamento dos miomas envolve histerectomia (Retirada cirúrgica do útero e dos ovários), e embolização (Obstrução do vaso que leva sangue ao mioma). Entretanto a utilização do ultrassom focalizado guiado por ressonância magnética, vem se mostrando uma importante alternativa.

O procedimento funciona da seguinte forma:

A paciente é posicionada no aparelho em decúbito ventral, em seguida são realizadas imagens de ressonância magnética dos nódulos e dos tecidos no entorno, com base nestas imagens é traçado um planejamento das áreas que serão atingidas, desta forma as ondas do ultrassom incidem apenas sobre as células do mioma, aumentando a sua temperatura para cerca de 80 °C, destruindo estas células enquanto as áreas adjacentes são preservadas.

 

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