Arquivo do mês: setembro 2009
Detectores de Imagens de um Aparelho de Tomografia Computadorizada
Os detectores de radiação são responsáveis pela captação da radiação que ultrapassa o objeto, transformando em um sinal elétrico que após digitalizado, pode ser reconhecido pelo computador. Uma vez definido o valor de alta-tensão (kV) aplicada ao tubo de raios X e da corrente catodo-anodo (mA), a intensidade do feixe (I) que sai do tubo de raios X em direção ao objeto está determinada. Os detectores permitem determinar a quantidade de radiação que conseguiu atravessar o objeto sem interagir e, desta forma, o computador obtém a parcela do feixe absorvida no trajeto por ele percorrido.
Os detectores utilizados nos aparelhos de TC devem apresentar uma alta eficiência na transformação do sinal de radiação em sinal elétrico para permitir a diminuição da dose no paciente. Deve permanecer estável durante a vida útil do equipamento e ser pouco sensível à variação de temperatura que naturalmente ocorre no interior do gantry. Três fatores são preponderantes na eficiência do detector: sua eficiência geométrica, sua eficiência quântica e sua eficiência de conversão do sinal.
A eficiência geométrica está associada à área do detector sensível à radiação em relação à área total do detector que fica exposta ao feixe. Os espaçamentos entre as células detectoras utilizados para reduzir o ruído originado de radiação secundária, ou regiões do detector não sensíveis promovem a degradação desse fator.
A eficiência quântica refere-se à parcela do feixe de raios X incidente sobre o detector que é absorvido por ele e que contribui para a medição do sinal. A eficiência de conversão está associada à capacidade de converter o sinal de radiação absorvida em um sinal elétrico. A eficiência total do detector é a resultante do produto dessas três eficiências e encontra-se em uma faixa de 0,45 a 0,85. Essa faixa de eficiência menor que implica um aumento na intensidade do feixe incidente que resulta em uma maior dose no paciente.
Os aparelhos de TC podem utilizar dois tipos de detectores de radiação: os detectores de câmara de ionização e os detectores de estado sólido. Os detectores de câmara de ionização utilizam gás inerte pressurizado, como o xenônio. Neste caso, a radiação que atinge o gás gera sua ionização, e esta ionização gerada proporciona o aparecimento de um pulso de corrente. O valor do pulso de corrente gerado é proporcional à quantidade de átomos ionizados. Assim, quanto maior o número de fótons que atinge a câmara de ionização, maior o número de íons gerados, maior o valor da corrente elétrica circulante e vice-versa. A alta pressão colocada nas câmaras de ionização, cerca de 25atm, tem por objetivo aumentar o número de átomos contidos no pequeno volume do detector, aumentando, assim, a probabilidade de interação dos fótons X com os átomos do gás. No entanto, a eficiência de detecção das câmaras, dada pela relação entre os fótons capturados em relação aos fótons incidentes, é de apenas 45%. Apesar da baixa eficiência, os detectores do tipo câmaras de ionização são mais baratos e apresentam boa estabilidade.
Construídos em um conjunto cintilidor-detector, os detectores de estado sólido são fabricados com materiais semicondutores dopados. Esses detectores semicondutores, fotodiodos, são capazes de permitir a circulação de corrente elétrica quando estimulados por fótons luminosos. A intensidade da corrente circulante é proporcional ao número de fótons que os atinge. Este sinal elétrico é enviado ao computador e utilizado como fonte de dados para a obtenção da imagem final. Para transformação dos fótons X em fótons luminosos são utilizados conversores, os cintiladores. A eficiência de um detector semicondutor pode chegar a 99%, mas as condições relativas ao tamanho e à proximidade dos detectores no arco dos aparelhos de TC fazem com que à eficiência desse tipo de detector esteja na mesma faixa daqueles detectores por câmara de ionização.
Os cintiladores utilizados em TC são feitos de ligas cerâmicas compostas de enxofre, oxigênio, gadolíneo e ítrio (Gd2O2S, Y2O3 e Gd2O3), dopadas com praseodímio, európio, ou cério e utilizados para a conversão dos raios X em fótons luminosos. Os cintiladores cumprem uma função semelhante à das telas intensificadoras utilizadas nos aparelhos convencionais de raios X. Diferentemente das telas intensificadoras, os cintiladores necessitam de um tempo pequeno para a conversão de fótons X em fótons luminosos, uma vez que, durante uma volta completa do arco de detectores, centenas de informações são enviadas ao computador por cada canal detector.
Gerador de Raios-X em um Aparelho de Tomografia Computadorizada
O aparelho de raios X da Tomografia Computadorizada é igual ao raios X convencional, difere que durante a geração do feixe o tubo está em movimento circular. Além disso, seu tempo de funcionamento contínuo é muito maior e, por essa razão, necessitam de um encapsulamento mais resistente que promove uma maior filtração do feixe gerado. A alimentação da alta-tensão em corrente contínua utiliza sistemas retificadores de alta freqüência, de maneira a gerar uma alta-tensão praticamente contínua com fator de ripple próximo de zero, garantindo a estabilidade no valor do fluxo de fótons do feixe durante todo o processo de irradiação.
Os aparelhos de TC geram e acumulam muito mais calor, necessitando de um sistema de refrigeração bem desenvolvido que utiliza líquido refrigerante (densidade, viscosidade, condutividade térmica e calor específico) com circulação forçada, além de um sistema de radiador para a transferência do calor retirado pelo líquido refrigerante do tubo para o meio externo. Têm anodos giratórios como rotações acima de 10000 rpm que auxilia na dissipação do calor.
A área do foco físico sobre a pista-alvo do anodo varia entre 0,5mmx0,7mm e 1,7mmx1,6mm para a maioria dos tubos. O feixe é policromático (com fótons de energia variável), sendo que os fótons são gerados em sua maioria por freamento (bremsstrahlung), numa faixa de energia que varia de 30keV a 140keV.
O pós-colimador cumpre a função de restringir a radiação que atinge o arco detector. Permite que a parcela do feixe primário que ultrapassa o paciente atinja o arco detector, evitando que a maior parte da radiação secundária espalhada atinja os detectores e gere ruídos que prejudicam a qualidade da imagem.
O tamanho da abertura do gantry influencia significativamente as características do tubo de raios X. conforme pode ser visto na figura 7, quanto maior a abertura do gantry, maior a distância entre o foco do feixe de raios X e o arco de detectores (dfa). Como a quantidade de radiação que deve chegar aos detectores, para ser convertida em informação, deve ser a mesma, independentemente da distância entre o foco do feixe e o arco de detectores, e como a densidade de fótons do feixe diminui com a distância do foco de forma quadrática, os feixes para gantrys com maiores aberturas devem ter uma intensidade inicial maior. Portanto, gantry com maiores aberturas requerem a geração de feixes de raios X mais intensos.
Um feixe que apresente maior intensidade implica um tubo gerador de raios X que demanda maior potência elétrica da rede de alimentação. Conseqüentemente, esse tubo gera maior quantidade de calor durante o processo de geração do feixe de raios X. Essa maior quantidade de calor implicará a utilização de um sistema de refrigeração mais eficiente para que o processo ocorra sem superaquecimento. Esses fatores promovem um maior aumento dos custos dos gantrys com aberturas maiores.
A vantagem desse tipo de gantry está no fato de comportar pessoas com maior massa corporal que não podem ser diagnosticadas em aparelhos com aberturas menores. Outro fator importante é que, se o feixe de raios X inicial é mais intenso, depositará maior quantidade de energia no paciente. Portanto, pacientes com massa corporal menor receberão doses de radiação mais altas nos aparelhos que possuem gantrys com abertura maior.
A faixa de tensão de trabalho dos tubos de raios X está entre 80kV e 140kV e através desse controle é feito o controle da característica de penetração do feixe. O aumento da intensidade do feixe do tubo está associada a potência do tubo demandada que diretamente associada a um aumento do valor da corrente catodo-anodo (mA).
Outro fator que promove o aumento da potência do tubo é o aumento da velocidade de rotação em torno do paciente. Do mesmo modo, como a quantidade de fótons X que atingirá os detectores deve permanecer, um aumento da velocidade de rotação do tubo em torno do paciente implicará um aumento na intensidade do feixe. No entanto, não ocorre aumento da dose no paciente.
Falando mais a Fundo Sobre os Aparelhos de Tomografia Computadorizada
O aparelho de TC permite gerar a imagem de um corte anatômico axial como o auxílio de um computador. O método utiliza um tubo gerador de raios X que emite radiação enquanto se move em círculo, ou semicírculo, em torno do objeto do qual se deseja gerar imagem. Ao invés de gerar a imagem diretamente sobre o filme radiográfico, a radiação que atravessa o objeto é captada por detectores posicionados em oposição à fonte de radiação, após o objeto.
As imagens tomográficas são reconstruídas através de um grande número de medições em diversas posições do sistema tubo-detector em relação ao objeto. Os dados coletados pelos detectores são convertidos em um sinal digital e enviados ao computador. Como se utiliza um feixe delgado para irradiar o volume, apenas uma fatia delgada do volume é irradiada por vez. A fatia irradiada é dividida em pequenas unidades de volume denominadas voxel.
Os detectores captam a parcela do feixe que atravessou o objeto, gerando um sinal elétrico que é convertido em um sinal digital e enviado para o computador. Após a aquisição de um grande número de medições, o computador fará o tratamento dessas informações para determinar a parcela do feixe absorvida por cada um dos voxels que compõem a fatia irradiada, que está associado ao valor do coeficiente de atenuação linear (µ) do tecido que compõe cada voxel.
Determinado o valor da atenuação para cada voxel, o próximo passo consiste na construção da imagem digital que representará a fatia irradiada. Cada elemento componente da imagem digital é denominado pixel, e cada pixel representará na imagem através de um tom de cinza.
O tom de cinza do pixel dependerá do valor da atenuação promovida pelos voxels que representa.
Assim, os voxels que apresentarem coeficiente de atenuação linear maior absorverão uma maior parcela do feixe de radiação e serão representados em tons mais claros na imagem, e os que possuírem menor valor de coeficiente de atenuação linear absorverão uma menor parcela do feixe e aparecerão mais escuros. Através de um tratamento matemático (algoritmo), permite determinar a atenuação do feixe para cada voxel e converter esses dados em uma imagem em tons de cinza que varia do branco ao preto.
A imagem tomográfica resultante é um mapa em escala de cinza que está diretamente relacionada aos coeficientes de atenuação linear de cada tecido atravessado pela radiação.
A qualidade dessa imagem gerada em TC depende de vários parâmetros, tais como: a natureza dos raios X (qualidade), o tipo de detectores de raios X, o número de detectores, a velocidade de medições, os algoritmos utilizados para a determinação das atenuações individuais, para a reconstrução as imagem, etc.
Para que o processo funcione adequadamente, é necessário que o objeto permaneça imóvel durante todo o período de medições de atenuação do feixe pelos detectores nas diversas posições do conjunto tubo-detector em relação ao objeto, uma vez que é necessária a coleta de muitos dados para que os algoritmos computacionais possam obter os valores de atenuação promovida por cada voxel.
Os avanços tecnológicos permitiram a criação de novas gerações de aparelhos que apresentam, cada vez mais, imagens mais detalhadas e de melhor qualidade. A maior evolução no que se refere à qualidade dos aparelhos veio com a evolução dos tubos de raios X e dos detectores de radiação, que permitiram reduzir consideravelmente o tempo de aquisição de um corte e, conseqüentemente, o tempo total de varredura.
Aparelho de Raios-x (Arco Cirúrgico) “Arco em C”
Arco cirúrgico de raio-x tipo arco c, é um aparelho com emissão de radiações ionizantes do tipo raio-x, capacitado para radiografia e Fluoroscopia, composto por arco c montado sobre rodízios, gerador de raio-x, tubo de raio-x, colimador, unidade de comando, intensificador de imagem e sistema de TV com suporte móvel, com Subtração digital de imagens.Aparelho para aplicação em centro Cirúrgico, cirurgia vascular, ortopédica e exames de angiografia, possibilidade de fluoroscopia pulsada e continua e modo de Radiografia direta e digital, com ajuste de kv, ma, mas corrente vezes Tempo, seleção dos três tamanhos do campo de intensificador de imagens sendo que um dos campos deve ter diâmetro aproximado de 9 polegadas, seleção de fluoroscopia pulsada, continua e Manual, aquisição simples e seqüencial de imagens, ajuste de modo Radiográfico ou fluoroscopia, capacidade de congelamento da Ultima imagem, memória RAM com capacidade mínima de armazenamento de 8 imagens digitais, sistema dicom storage e print, Armazenamento e impressão, armazenamento e visualização de cine loop digital. Indicadores visuais com valor selecionado para ma, Valor selecionado para kv, valor selecionado mas corrente vezes Tempo, tempo de fluoroscopia, equipamento em operação.
Tubo de Raio x anodo giratório de no mínimo 10 kw/ 300 khu ou superior de Capacidade térmica, ou anodo fixo de no mínimo 2,5kw / 100 khu ou Superior de capacidade térmica; com foco duplo, com controle Automático, potencia, corrente e capacidade térmica de Aquecimento e resfriamento compatíveis com o gerador de raio x, Colimação filtragem total de raio x de, no mínimo, 2.5 mmal.
Intensificador de imagem com campo triplo, sendo o maior, com Dimensão mínima de 9 polegadas. Câmera de video do tipo ccd, resolução mínima de 525 linhas horizontais. 02 monitores de lcd dimensão mínima de 16 polegadas, definição e resolução mínima Compatível com câmera de video, monitoração simultânea da Imagem congelada em tempo real. Proteção térmica e de sobre Corrente para o tubo de raio-x, bloqueio de disparo para valores programados que excedem a potencia do tubo.
Características elétricas gerador de raio-x: tipo alta freqüência, com controle Microprocessador, tensão de saída máxima, de pelo menos 125 kv, Corrente de saída de pelo menos 80 ma para o modo radiografia, Compensação automática das flutuações da rede elétrica, tensão de alimentação 220 vac, freqüência de alimentação 60 hz, 01 cabo de Alimentação de 3 pinos fase, neutro e terra. Características mecânicas estrutura sobre rodízios com sistema de frenagem e pintura eletrostática anti-corrosiva, características do arco c Abertura mínima de 60cm, profundidade mínima de 50cm, Deslocamento horizontal mínimo de 20cm, deslocamento vertical 40cm, rotação orbital mínima 100 graus, rotação pivotante mínima: 360 graus, cabo disparador.
Acessórios 01programa software para Visualização , medições e cálculos vasculares, 01 programa Software de subtração digital de imagens em tempo real e Roadmapping, 03 três pares de protetores tubo raios-x, arco e Intensificador autoclavaveis, 01 suporte com capacidade para os Dois monitores com rodízios para locomoção dos equipamentos, 01 Video printer, para impressão de imagens de video, 01 hd com capacidade mínima de armazenamento de 5000 imagens, 01 gravador de cd ou dvd com capacidade para armazenar imagens estáticas e dinamicas em formato dicom, no mínimo, 01 teclado alfanumérico para inclusão de números e textos.
O que Significa Efeito Hormese ???
significa algum evento que é perigoso em altas doses, mas torna-sebenéfico em baixas doses. Os exemplos mais comuns são os elementos químicos presentes no corpo humano tais como Li, Cd, Se, radiação UV, que são essenciais ao nosso organismo porem se tornam letais se presentes em altas doses no nosso organismo. Os estudiosos que apoiam essa teoria acreditam que a Hormese vale para as radiações ionizantes. De acordo com essa teoria, em baixas doses, o sistema imunológico ficaria ativado. No entanto esses são apenas estudos epidemiológicos.
Exemplo: ( Dizem que as pessoas que vivem em Guarapari tem uma imunidade maior a Certas Doenças e Vive mais.)
OBS: LEMBRANDO QUE NÃO SÃO ESTUDOS COMPROVADOS .
Requisitos Básicos de Proteção Radiológica, Segundo a CNEN.
Justificação
Nenhuma prática ou fonte associada a essa prática será aceita pela CNEN, a não ser que a prática produza benefícios, para os indivíduos expostos ou para a sociedade, suficientes para compensar o detrimento correspondente, tendo-se em conta fatores sociais e econômicos, assim como outros fatores pertinentes.
As exposições médicas de pacientes devem ser justificadas, ponderando-se os benefícios diagnósticos ou terapêuticos que elas venham a produzir em relação ao detrimento correspondente, levando-se em conta os riscos e benefícios de técnicas alternativas disponíveis, que não envolvam exposição.
Com exceção das práticas com exposições médicas justificadas, as seguintes práticas não são justificadas, sempre que, por adição deliberada de substâncias radioativas ou por ativação, resultem em aumento de atividade nas mercadorias ou produtos associados:
- as práticas que envolvam alimentos, bebidas, cosméticos ou quaisquer outras mercadorias ou produtos destinados a ingestão, inalação, incorporação percutânea ou aplicação no ser humano;
- as práticas que envolvam o uso frívolo de radiação ou substâncias radioativas em mercadorias ou produtos, estando incluídos, desde já, brinquedos e objetos de joalheria ou de adorno pessoal;
- exposições de pessoas para fins de demonstração ou treinamento.
Otimização
Em relação às exposições causadas por uma determinada fonte associada a uma prática, salvo no caso das exposições médicas, a proteção radiológica deve ser otimizada de forma que a magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de ocorrência de exposições mantenham-se tão baixas quanto possa ser razoavelmente exeqüível, tendo em conta os fatores econômicos e sociais. Nesse processo de otimização, deve ser observado que as doses nos indivíduos decorrentes de exposição à fonte devem estar sujeitas às restrições de dose relacionadas a essa fonte.
Nas avaliações quantitativas de otimização, o valor do coeficiente monetário por unidade de dose coletiva não deve ser inferior, em moeda nacional corrente, ao valor equivalente a US$ 10000/pessoa.sievert.
A menos que a CNEN solicite especificamente, a demonstração de otimização de um sistema de proteção radiológica é dispensável quando o projeto do sistema assegura que, em condições normais de operação, se cumpram as 3 (três) seguintes condições:
- a dose efetiva anual média para qualquer IOE não excede 1 mSv;
- a dose efetiva anual média para indivíduos do grupo crítico não ultrapassa 10 ?Sv;
- a dose efetiva coletiva anual não supera o valor de 1 pessoa.Sv.
Como condição limitante do processo de otimização da proteção radiológica em uma instalação, deve ser adotado um valor máximo de 0,3 mSv para a restrição da dose efetiva anual média para indivíduos do grupo crítico, referente à liberação de efluentes.
Os efeitos cumulativos de cada liberação anual de qualquer efluente devem ser restringidos de forma que seja improvável que a dose efetiva, em qualquer ano, exceda o limite de dose aplicável. Devem-se levar em conta os indivíduos a qualquer distância da fonte, abrangendo as gerações atuais e futuras, as liberações acumuladas e as exposições decorrentes de todas as demais fontes e práticas pertinentes, submetidas a controle.
Limitação de dose individual
A exposição normal dos indivíduos deve ser restringida de tal modo que nem a dose efetiva nem a dose equivalente nos órgãos ou tecidos de interesse, causadas pela possível combinação de exposições originadas por práticas autorizadas, excedam o limite de dose especificado na tabela a seguir, salvo em circunstâncias especiais, autorizadas pela CNEN. Esses limites de dose não se aplicam às exposições médicas.
Radioatividade
Existem na Natureza alguns elementos fisicamente instáveis, cujos átomos, ao se desintegrarem, emitem energia sob forma de radiação. Dá-se o nome radioatividade justamente a essa propriedade que tais átomos têm de emitir radiação.
O urânio-235, o césio-137, o cobalto-60, o tório-232 são exemplos de elementos fisicamente instáveis ou radioativos. Eles estão em constante e lenta desintegração, liberando energia através de ondas eletromagnéticas (raios gamas) ou partículas subatômicas com altas velocidades (partículas alfa, beta e nêutrons). Esses elementos, portanto, emitem radiação constantemente.
A radioatividade foi descoberta pelos cientistas no final do século passado. Até aquela época predominava a idéia de que os átomos eram as menores partículas de qualquer matéria e semelhantes a esferas sólidas. A descoberta da radiação revelou a existência de partículas menores que o átomo: os prótons e os nêutrons, que compõem o núcleo do átomo, e os elétron, que giram em torno do núcleo. Essas partículas, chamadas de subatômicas, movimentam-se com altíssimas velocidades.
Descobriu-se também que os átomos não são todos iguais. O átomo de hidrogênio, por exemplo, o mais simples de todos, possui 1 próton e 1 elétron (e nenhum nêutron). já o átomo de urânio-235 conta com 92 prótons e 143 nêutrons.
Os elementos radioativos, quando bem manipulados, podem ser úteis ao seres humanos. O césio-137, por exemplo, é muito utilizado em tratamento de tumores cancerosos.
A humanidade convive no seu dia-a-dia com a radioatividade, seja através de fontes naturais de radiação (os elementos radioativos que existem na superfície da Terra ou os raios cósmicos que vêm do espaço), seja pelas fontes artificiais, criadas pelo próprio homem: o uso de raios X na medicina, as chuvas de partículas radioativas produzidas pelos testes de armas nucleares, etc.
Os efeitos da radioatividade no ser humano dependem da quantidade acumulada no organismo e do tipo de radiação. A radioatividade é inofensiva para a vida humana em pequenas doses, mas, se a dose for excessiva, pode provocar lesões no sistema nervoso, no aparelho gastrintestinal, na medula óssea, etc., ocasionando por vezes a morte (em poucos dias ou num espaço de dez a quarenta anos, através de leucemia ou outro tipo de câncer).
Existem vários tipos de radiação; alguns exemplos: partículas alfa, partículas beta, nêutrons, raios X e raios gama. As partículas alfa, por terem massa e carga elétrica relativamente maior que as outras citadas, podem ser facilmente detidas, até mesmo por uma folha de papel; elas em geral não conseguem ultrapassar as camadas externas de células mortas da pele de uma pessoa, sendo assim praticamente inofensivas. Entretanto, podem ocasionalmente penetrar no organismo através de um ferimento ou por aspiração, provocando lesões graves. Sua constituição é de núcleos de Hélio, dois prótons e dois nêutrons, podendo ser representadas por 42 a
Possuem as seguintes características:
- Velocidade inicial variando de 3000 a 30 000 km/s (velocidade média em torno de 20 000 km/s ou 5% da velocidade da luz)
- Pequeno poder de penetração. São detidas por uma camada de 7 cm de ar, uma folha de papel ou uma chapa de alumínio, com 0,06 milímetros de espessura. ao incidir sobre o corpo humano, são detidas pela camada de células mortas da pele, podendo, no máximo, causar queimaduras.
Já as partículas beta são capazes de penetrar cerca de um centímetro nos tecidos, ocasionalmente danos à pele, mas não aos órgãos internos, a não ser que sejam engolidas ou aspiradas. As partículas beta são semelhantes aos elétrons, possuem massa desprezível e carga elétrica (relativa) igual a -1. São portanto, representados por 0-1 b
Possuem as seguintes características:
- Velocidade inicial variando entre 100 000 e 290 000 km/s, ou seja, até 95% da velocidade da luz.
- Médio poder de penetração. São de 50 e 100 vezes mais penetrantes que as partículas alfa. Atravessam alguns metros de ar e até 16 mm de madeira. São detidas por lâminas de alumínio com 1cm de espessura ou por lâminas de chumbo com espessura maior que 2mm. Ao incidirem sobre o corpo humano, podem penetrar até 2cm e causar sérios danos.
Os raios gama e os raios X são extremamente penetrantes, podendo atravessar o corpo humano, sendo detidos somente por uma parede grossa de concreto ou metal.As radiações gama são semelhantes ao Raios X. Não possuem massa e nem carga elétrica, são portanto representados por 00 g
Possuem as seguintes características:
- Velocidade igual à velocidade da luz, ou aproximadamente 300 000 km/s.
- Alto poder de penetração. os raios gama são mais penetrantes que os raios X, pois possuem comprimentos de onda bem
menores, variando entre 0,1e 0,001 angstrons. Atravessam milhares de metros de ar, até 25 cm de madeira ou 15 cm de espessura de aço. São detidos por placas de chumbo com mais de 5cm de espessura ou por grossas paredes de concreto. Podem atravessar completamente o corpo humano causando danos irreparáveis.
Ser atingido por radiação é algo sutil e impossível de ser percebido imediatamente, já que no momento do impacto não ocorre dor ou lesão visível. Bem diferente de ser atingido por uma bala de revólver, por exemplo, cujo efeito destrutivo é sentido e contatado na hora.
A radiação ataca as células do corpo individualmente, fazendo com que os átomos que compõem as células sofram alterações em sua estrutura. As ligações químicas podem ser alteradas, afetando o funcionamento das células. Isso, por sua vez, provoca com o tempo conseqüências biológicas no funcionamento do organismo como um todo; algumas conseqüências podem ser percebidas a curto prazo, outras a longo prazo.; às vezes vão apresentar problemas somente os descendentes (filhos, netos) da pessoa que sofreu alguma alteração genética induzida pela radioatividade.
A origem da profissão de técnico de radiologia no Brasil.
O sonho dos Técnicos em Radiologia do Brasil tornou-se realidade, esta gloriosa iniciou-se em 1975 quando o Deputado Federal Dr. Gomes do Amaral deu entrada na Câmara dos Deputados Federais, após muitas lutas com ida e volta do Processo, foi aprovado pela Câmara dos Deputados Federais, encaminhando para o Congresso Federal, onde iniciamos o trabalho, pontificando-se a figura do Sr. Jair Pereira da Silva, presidente da Associação dos Técnicos do Estado de Goiás, que politicamente conseguiu amizades com as mais iminentes figuras da Política local e de Brasília, principalmente o Sr. Senador da República Henrique Santílo e seus assessores diretos, custou a Jaír 5 anos de trabalho sem esmorecimento com viagens à Brasília com prejuízos particulares,problemas com família além de gastos acima de 22 milhões de cruzeiros sem ajuda da Associação do seu Estado em algumas vezes, no mais os gastos foram sempre pessoais, os gastos foram com viagens, estadias, alimentação, telefonemas, papéis, honorários Advocatícios, combustível, etc. No ano de 1980 até a presente data foi à Brasília mais de 70 vezes num total de mais de 40 mil kilômetros, além das viagens à São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador e outras cidades onde efetuou palestras sobre a Profissão e a luta contínua, já tendo indicado os trabalhos das minutas do Projeto que regulamente à Lei 7.394, que foi sancionada pelo Excelentíssimo Senhor Presidente da República Dr. José Sarney e pelo Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho Dr. Almir Pazzianoto dia 29 de outubro de 1985.
O Projeto foi entregue e protocolado no Ministério do Trabalho dia 28 de Novembro de 1985 pelos srs. Jaír Pereira da Silva e Aristides Negretti – Presidente da FATREB. O trabalho de execução da minuta Jair com algumas ajudas do Departamento Jurídico Trabalhista do PMDB Goiano e pelo colega Donato Durão de Brasília, o referido ante-Projeto após estudado pelo M. do Trabalho vai para sanção do Presidente da República (vai implantar o Conselho Federal e Regionais dos Técnicos em Radiologia do Brasil) formação de Escolas de acordo com a Lei aprovada.
Após tanto trabalho e sacrifício e até vexames cruêntes, – só nos resta que a Família dos Técnicos em Radiologia do Brasil lhe extenda as mãos na maior gratidão possível.
Primeira aula de Radiologia no Brasil
O Dr. José Gonçalves cedeu, por empréstimo, uma rara e preciosa obra, datada de 1904, intitulada RADIOLOGIA CLÍNICA, de autoria do Professor João Américo Garcez Fróes, Médico e Farmacêutico, Professor da Faculdade de Medicina e da Faculdade Livre de Direito da Bahia. Esse pequeno livro retrata as lições proferidas pelo Professor, no ano de 1903, aos alunos da terceira série do curso da Faculdade de Medicina, lições, aliás, já publicadas na Gazeta Médica da Bahia.
Como não se tem registro de outras aulas de Radiologia, proferidas naquela ou em outras Faculdades, conclui-se que, se esta não for a primeira, certamente será uma delas.
Para que o leitor possa vivenciar melhor a época do Curso em pauta, decidimos publicar as lições com a grafia portuguesa de então, o que ajudará os mais antigos a recordar seus tempos de bancos escolares e, aos mais novos, entrar em contato com a língua pátria de antanho e, lógico, com os limitados conhecimentos da especialidade, vez que o fato se deu apenas sete anos depois da comunicação de Roentgen sobre sua descoberta. Certamente a leitura será enfadonha, mas se trata de um fato histórico que não pode deixar de ser registrado.
Os Primórdios da Radiologia médica do Brasil
O ensino da Radiologia brasileira começou com o curso ministrado pelo professor Roberto Duque Estrada, em 15 de julho de 1916, em 30 lições teórico- práticas, ilustradas com material selecionado do arquivo do Gabinete de Radiologia da Santa Casa. Anos depois, novas instalações enriqueciam o Gabinete de Radiologia da Faculdade de Medicina, transformando-o em um dos grandes patrimônios da história da Radiologia carioca. A partir dos anos 30 a Radiologia se estabiliza no Rio. Na área de ensino, o curso do professor Duque Estrada já contava com a assistência de um jovem radiologista na época: Nicola Caminha. Outras duas escolas de Radiologia já estavam aparecendo, com dois notáveis mestres. Manoel de Abreu, na Faculdade de Ciências Médicas e José Guilherme Dias Fernandes na Faculdade de Medicina do Instituto Hahnemaniano (atual Hospital Gaffrée Guinle) e depois na Escola de Medicina e Cirurgia. A Escola de Medicina e Cirurgia foi inaugurada em 1921, e em 1932 criou a primeira cátedra do país em Radiologia.
Antes do aparecimento das primeiras cátedras nas faculdades, o aprendizado da prática radiológica só existia nos serviços de Radiologia das cadeiras de clinicas médicas ,principalmente as da Faculdade Nacional, espalhadas na Santa Casa da Misericórdia, Hospital Moncôrvo Filho e Hospital São Francisco de Assis.
Na década de 40, Nicola Caminha já era conhecido pelo curso de especialização que ministrava semanalmente em seu consultório. Paralelamente, Emilio Amorim montava o seu primeiro consultório e já recebia diversos colegas para troca de idéias sobre laudos . Em 1948, inicia a residência médica em seu novo consultório, ensinando a jovens médicos de diversos estados. O primeiro aluno foi o radiologista Dirceu Rodrigues, do Paraná. Nessa época, os médicos clínicos criaram o hábito de freqüentar os consultórios de Emilio Amorim e Nicola Caminha, para pedir opinião, esclarecer dúvidas e discutir casos.
No começo da década de 50 aparecem os institutos de pensões e aposentadorias, que teriam um papel fundamental no treinamento dos jovens radiologistas. Os chefes dos serviços dos hospitais desses institutos permaneceram em seus cargos por mais de 20 anos. No IAPI , indústria, o professor José Guilherme Dias Fernandes; no IAPC, comerciários, Amarino Carvalho de Oliveira ;IAPETEC, transportes, Júlio Pires Magalháes ; IPASE, funcionários públicos Nicola Caminha, e IAPB, bancários, Emilio Amorim.
No Hospital dos Servidores do Estado, Nicola Caminha inaugurou o primeiro programa de residência médica do país em Radiologia. Outros hospitais também instalaram programas pioneiros ,como o Hospital de Ipanema), Hospital do IAPETEC, (atual Hospital geral de Bonsucesso)e o Hospital dos Bancários, hoje Hospital da Lagoa.
Armando Amoêdo lembrou que a partir dos anos 50, o ensino da Radiologia se dividia entre os grupos do Dr. Amorim e Caminha. Eles participavam também de diversas atividades cientificas na cidade e em todo o Brasil.
O curioso é que cada um dos colegas tinha uma determinada vocação para um assunto específico, o que constituía na época um fato singular e incomum. Assim, o Dr. Rodolfo Roca era especialista em pulmão, do mesmo modo que o Dr. Amarino. Ubirajara Martins fazia a parte do tubo digestivo, o mesmo ocorrendo com Hermilo Guerreiro, Valdir de Lucae Felício Jahara, que dedicavam-se a exames do crânio, enquanto Alberto Álvares e José Raimundo Pimentel cuidavam do esqueleto.
O curso de especialização do professor Caminha se tornou o primeiro em pós-graduação em Radiologia do país, com o reconhecimento oficial do Ministério da Educação. Em 60 passa a ser realizado pela PUC e entra em nova fase.
Nos anos 60 aparece no cenário da Radiologia brasileira a figura de Abércio Arantes Pereira. Desde 1968, se consagrou como um dos principais radiologistas da área de ensino, dirigindo o Instituto Estadual de Radiologia Manoel de Abreu. e depois o Serviço de Radiologia do Hospital do Fundão.
Em 72 é criado o Departamento de Radiologia e logo depois o professor Lopes Pontes, diretor da Faculdade de Medicina, nomeia Nicola Caminha como chefe. Abércio Arantes Pereira ficou como responsável pelas disciplinas do Departamento de Radiodiagnóstico, José Clemente Magalhães Pinto, pela Medicina Nuclear e Walter Azevedo, coordenador das atividades didáticas. Após prestar concurso público, Nicola Caminha tornou-se o primeiro professor titular do Departamento, em 1974. No ano seguinte, foram aprovados no concurso para livre docência os professores Abércio Arantes Pereira, Fernando de Souza Penna, Otacílio do Carmo Resende, Waldemar Kischinhevsky, Walte Azevedo, José Clemente Magalhães Pinto e Lenine Fenelon Costa. A primeira tese de Mestrado em Radiologia foi defendida por Hilton Augusto Koch, em 77, que assumiu a direção do Departamento, em 1994. O departamento só iria se transferir para o Hospital do Fundão em 1978.
Em 1980, Camillo Abud substitui Nicola Caminha, devido a aposentadoria do mestre. No ano seguinte Abércio Arantes Pereira foi eleito chefe do Departamento e logo depois se tornou o segundo professor titular de Radiodiagnóstico. Em 87,José Clemente Magalhães Pinto assume como o primeiro professor titular em Medicina Nuclear.